A reabilitação cardíaca é uma modalidade multiprofissional definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo as atividades necessárias para garantir aos cardiopatas as melhores condições física, mental e social, com ênfase na prática do exercício físico e nas mudanças no estilo de vida.
Tradicionalmente, a reabilitação é indicada pelos cardiologistas clínicos a paciente após uma síndrome coronariana aguda ou cirurgia de revascularização. Contudo, pacientes com valvopatias e submetidos à cirurgia de plastia ou troca também se beneficiam do programa.
A fim de validar essa hipótese, pesquisadores dos EUA realizaram um estudo observacional com a base de dados do Medicare.
Reabilitação cardíaca na cirurgia valvar
Foram incluídos 41.369 pacientes, com mediana de idade de 73 anos, 40% mulheres, 90% brancos, 68% com troca valvar aórtica, 12% com troca mitral e 9% com plastia mitral; 36% fizeram revascularização coronariana concomitante.
Desse grupo, 42% dos participantes entraram em um programa de reabilitação cardíaca, com uma média de 32 sessões.
Mais do autor: Qual o risco da angioplastia de oclusões totais das coronárias?
O que o estudo mostrou? Em comparação com o grupo sem reabilitação, os praticantes tiveram risco 34% menor de hospitalização em 1 ano e, o principal, uma redução de 4,2% em números absolutos na mortalidade em 1 ano! Esses benefícios são da mesma magnitude daqueles pós-infarto agudo do miocárdio ou pós-cirurgia de revascularização do miocárdio.
Desse modo, indique reabilitação a todos os seus pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca, salvo raras contraindicações absolutas.
Referências bibliográficas:
- https://jamanetwork.com/journals/jamacardiology/article-abstract/2753611
- https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/cardiac-rehabilitation
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.