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Carreira13 setembro 2024

Melhorar os cuidados de saúde por meio da inovação, equidade social e liderança

Atualmente, devido à tecnologia, é possível prever, em certa medida, o futuro dos pacientes de acordo exames e riscos verificados
Por Ester Ribeiro

Em agosto, foi publicada a primeira edição do Afya Summit, em São Paulo, evento voltado para Medicina, inovação, empreendedorismo e tecnologia.

A palestra inédita do cardiologista Jag Singh, professor da Harvard Medical School, abordou o tema “Melhorar os cuidados de saúde através da inovação digital, equidade social e liderança ponderada”, compartilhando as suas perspectivas sobre o futuro da Medicina e o impacto global da IA na saúde.

Inspirado pelas palavras de Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano, Dr. Singh ressaltou que “a mudança não é apenas necessária à vida – ela é a vida”. Ele destacou que a Medicina está em constante evolução e que a adaptação é fundamental para enfrentar os desafios atuais e futuros.

Entre os principais problemas discutidos, o excesso de peso, doenças crônicas e desigualdades sociais foram identificados como questões prementes. Singh enfatizou a responsabilidade dos profissionais de saúde em enfrentar essas contradições e buscar soluções inovadoras para promover um sistema de saúde mais equitativo e eficaz.

Leia mais: A educação médica e o futuro de uma nova geração

Diagnóstico e previsão de doenças

A Medicina tradicionalmente se baseia no diagnóstico de doenças, porém hoje, graças à tecnologia, temos a capacidade de realizar conexões ilimitadas e prever, em certa medida, o futuro dos pacientes de acordo exames e riscos. Sensores implantáveis, por exemplo, são capazes de estratificar riscos e prevenir descompensações em condições como a insuficiência cardíaca congestiva (ICC).

Pacientes com sinais precoces de descompensação metabólica podem evitar internações frequentes por meio de ajustes nos medicamentos e mudanças de comportamento, o que pode representar uma economia significativa em custos de saúde pelo elevado valor e até complicações relacionadas às internações recorrentes; além de, é claro, diminuir a mortalidade desse mesmo indivíduo.

A ICC, um problema global complexo, pode ser monitorada de maneira mais eficaz com sensores que avaliam o status neuro-hormonal e ambiental do paciente. Esses dispositivos não apenas identificam a piora antes que ela se torne evidente, mas também sugerem exames, biomarcadores e tratamentos específicos, adaptados às necessidades individuais do paciente.

Tecnologia e equidade

O uso de smartphones integrados a sensores já se consolidou como uma realidade promissora, possibilitando a coleta de dados de forma mais precisa e contínua.

Dr. Singh destacou que a inteligência artificial (IA) é fundamental na análise desses dados, proporcionando soluções mais eficientes. Um exemplo notável é a análise de urina realizada por sensores acoplados a vasos sanitários, que pode oferecer resultados mais precisos do que a avaliação visual feita por um especialista.

A telemedicina, facilitada por esses avanços tecnológicos, pode levar cuidados médicos de qualidade a qualquer lugar do mundo, promovendo equidade e incentivando o engajamento dos pacientes em seus tratamentos. A IA já é uma realidade consolidada e os profissionais de saúde precisam se atualizar para otimizar os tratamentos, conforme as novas tecnologias disponíveis.

Além disso, Dr. Singh explorou o potencial futuro de recursos como hologramas e tradução simultânea, que poderiam tornar as consultas virtuais ainda mais realistas e acessíveis em qualquer língua e localidade, bastando o acesso à internet. Há também a possibilidade de cirurgias realizadas à distância com o auxílio de robótica, o que ressalta a importância de estarmos abertos a essas inovações.

Conclusão

A Medicina reflete a nossa realidade atual, no entanto precisamos estar dispostos a explorar conexões e tecnologias que potencializem e melhorem nossos recursos médicos, tanto intelectuais quanto práticos, utilizando a IA e outras ferramentas digitais disponíveis.

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