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Formação24 outubro 2019

Radiologia Intervencionista: confira tudo sobre a especialidade médica

A Radiologia Intervencionista é uma especialidade que atua realizando procedimentos e intervenções cirúrgicas minimamente invasivas guiadas por imagem.

Por Igor Biscotto

A Radiologia Intervencionista é uma especialidade médica que atua realizando procedimentos e intervenções cirúrgicas minimamente invasivas guiadas por imagem.

Os procedimentos normalmente são realizados por via percutânea ou endovascular, por meio de pequenas punções por onde o médico introduz fios, cateteres e drenos até o local desejado a fim de realizar um tratamento especifico em diversas partes do corpo, usando métodos de imagem como raios-x, tomografia computadorizada, ultrassonografia, ressonância magnética para se orientar.

A especialidade é considerada uma das mais novas da medicina e vem evoluindo cada vez mais junto com o surgimento de novas tecnologias relacionadas a métodos de imagem e procedimentos minimamente invasivos.

Em geral, os tratamentos intervencionistas são rápidos e efetivos, podendo ser feitos ambulatorialmente ou com uma taxa de internação curta (24-48h), com eficácia igual ou superior às alternativas cirúrgicas.

paciente na ressonancia magnetica em atendimento com um medico de Radiologia Intervencionista

Radiologia Intervencionista

Área de atuação e procedimentos realizados

A especialidade tem uma ampla área de atuação, tratando doenças em diversos órgãos e sistemas do corpo humano, desde aneurismas cerebrais e tumores malignos no fígado, até mesmo miomas uterinos.

Alguns exemplos de procedimentos abaixo:

  • Biópsias percutâneas
  • Drenagem de coleções
  • Arteriografias
  • Angioplastias
  • Embolização de tumores e hemorragias
  • TIPS
  • Drenagem biliar
  • Nefrostomia percutânea
  • Gastrostomia percutânea
  • Tratamento para aneurismas

Dia a dia

A rotina pode ser considerada similar a de um cirurgião, consistindo na realização de consultas e interconsultas hospitalares, visitas a pacientes internados, além da realização de procedimentos. A maior parte desses procedimentos pode ser realizada em caráter ambulatorial.

As intervenções em geral são realizadas em uma sala equipada com tomografia computadorizada e ultrassonografia, no centro cirúrgico ou na hemodinâmica. Atualmente, as salas híbridas estão cada vez mais presentes nos hospitais, preparadas para procedimentos de alta complexidade e equipadas com múltiplos aparelhos de imagem de última geração para guiar as intervenções.

O médico intervencionista também atua em urgências e emergências, tratando principalmente AVCs, hemorragias, embolia pulmonar e isquemias, embora no Brasil ainda exista poucos serviços com intervencionistas de sobreaviso.

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Formação

O programa de residência médica em Radiologia Intervencionista tem duração de dois anos e tem como pré-requisito residência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem ou Cirurgia Vascular. Após a residência, o profissional estará apto ao título de especialista em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pela SOBRICE/AMB.

Mercado

No Brasil, há poucos radiologistas intervencionistas atuando. A grande maioria está presente somente em grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro e São Paulo. Todavia, o mercado encontra-se em ampla ascensão, já que cada vez mais a medicina moderna procura tratamentos minimamente invasivos, rápidos e eficazes para o tratamento dos pacientes. Além disso, o surgimento de novas tecnologias e procedimentos é constante, aumentando ainda mais a demanda por esse tipo de especialista.

Perspectivas futuras

A radiologia intervencionista está ganhado cada vez mais espaço no cenário médico atual, consolidando-se como uma especialidade fundamental em hospitais de média e alta complexidade, integrando uma equipe multidisciplinar com diversas especialidades médicas, como a cirurgia geral, cirurgia vascular, neurocirurgia, oncologia clínica e cirúrgica, urologia, nefrologia e outras.

Dessa forma, espera-se um importante crescimento da especialidade nos próximos anos, juntamente com maior visibilidade e reconhecimento, garantindo aos pacientes tratamentos menos invasivos, com menores tempos de internação e resultados altamente eficazes.

LEIA TAMBÉM: Residência médica – como escolher a minha especialização?

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