Ultrassom: como e quando solicitar? Veja 5 indicações
O ultrassom é um dos principais exames que podem auxiliar no diagnóstico do paciente, devido a sua vasta área de atuação nas especialidades médicas.
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A ultrassonografia (USG) é um dos principais exames complementares que podem auxiliar no diagnóstico do paciente, principalmente, devido a sua vasta área de atuação nas diversas especialidades médicas. Encontraremos o ultrassom desde o consultório vascular com o doppler, passando pela obstetrícia e terminando nas salas de emergência e terapia intensiva, com o FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma).
As vantagens desse exame decorrem principalmente da facilidade de acesso – beira do leito -, baixo custo operacional e possibilidade de diagnóstico instantâneo. Contudo, ocasionalmente aparecem algumas dúvidas sobre quando e como solicitar a ultrassonografia. Nesse sentido, esclareceremos adiante as cinco principais indicações:
1. Ultrassom obstétrico
Sem dúvida a USG é fundamental na obstetrícia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um exame de ultrassom por trimestre, sendo o primeiro deles o obstétrico de primeiro trimestre – via endovaginal, utilizada para definir a idade gestacional e detectar parâmetros de viabilidade. No segundo trimestre o obstétrico morfológico – via abdominal para estudo da morfologia fetal – e, no terceiro trimestre, o obstétrico simples – via abdominal para avaliação e acompanhamento do crescimento e vitalidade.
2. Hérnias de parede abdominal
Estas provocam muita confusão nos pedidos de exame, deixando os colegas que farão o ultrassom perdidos quanto ao que realmente deve ser avaliado. Assim sendo, o adequado é solicitar ultrassom de parede abdominal e na indicação do exame esclarecer a hipótese em investigação, como exemplo “hérnia inguinal” e/ou “hérnia umbilical”.
LEIA MAIS: Hérnias inguino-femorais – como identificar?
3. Próstata
Há duas possibilidades para realização da USG e ambas possuem particularidades que devem ser avaliadas. O ultrassom de próstata via abdominal apresenta-se mais confortável para o paciente, não exige cuidados pré e pós exame, porém não permite realizar biópsia de lesões identificadas. Essa última fica reservada para o ultrassom de próstata via retal que, devido a maior proximidade com a estrutura, permite melhores resultados diagnósticos.
4. Apêndice vermiforme
Não há uma definição clara sobre qual o ultrassom melhor avalia o apêndice, principalmente, dada a dificuldade de se avaliar a estrutura e muitas vezes a necessidade de substituir os transdutores. Nesses casos, a experiência sugere que o médico solicite ultrassom de abdome inferior, ressaltando claramente na indicação a suspeita de apendicite.
LEIA MAIS: Como ler ultrassonografia nos casos de apendicite aguda?
5. Partes Moles
Existem algumas alterações – nódulos, tumores, abcessos, linfonodomegalias – sem uma localização específica. Por exemplo, um lipoma em antebraço esquerdo. Para esses casos, reserva-se ao colega a possibilidade de solicitar o ultrassom de partes moles. Ressaltando sempre na indicação do exame a hipótese em investigação.
Vale lembrar que para um diagnóstico completo é necessário:
- História clínica
- Exame físico
- Exames complementares
Assim, é importante para o médico que realiza o ultrassom receber informações sobre dados clínicos e a hipótese diagnóstica, a fim de que o exame possa ser mais completo e auxiliador.
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