A vitamina D é essencial para a saúde óssea, especialmente em indivíduos com dietas restritivas, raquitismo e osteoporose. Ela é uma vitamina lipossolúvel responsável pela homeostase de cálcio e fosfato, fundamentais para a mineralização óssea e o funcionamento adequado dos osteoblastos.
Contudo, sua obtenção via dieta é limitada, uma vez que poucos alimentos contêm vitamina D, sendo os peixes gordurosos uma das raras exceções. Assim, a principal fonte natural de vitamina D é a síntese dérmica, desencadeada pela exposição ao sol, mas essa produção varia com fatores como tipo de pele e localização geográfica.
A importância da vitamina D para a saúde óssea
A vitamina D exerce ações diretas, como a absorção intestinal de cálcio e fósforo, e indiretas, ao promover a sobrevivência dos osteoblastos. Deficiências nessa vitamina, seja por fatores genéticos ou adquiridos, podem levar ao raquitismo e à osteomalácia. A suplementação de vitamina D é uma medida eficaz para prevenir essas condições.
H2: Dosagem recomendada de vitamina D:
- Para prevenção do raquitismo em crianças, as diretrizes indicam:
o 400 UI/dia de vitamina D no primeiro ano de vida.
o 200 mg/dia de cálcio até os 6 meses e 260 mg/dia até 12 meses.
- Para o tratamento do raquitismo nutricional, doses mais elevadas de 2.000 UI/dia por pelo menos 3 meses são recomendadas.
Insuficiência de vitamina D em populações específicas
Além de crianças, outros grupos estão mais suscetíveis à deficiência de vitamina D:
- Usuários de anticonvulsivantes (que são medicamentos que aceleram o metabolismo da vitamina).
- Pacientes hospitalizados ou institucionalizados, com exposição solar limitada.
- Indivíduos com osteoporose, hiperparatireoidismo e síndrome de má absorção, como em doenças inflamatórias intestinais.
- Pacientes malnutridos ou com transtornos alimentares, como a anorexia, que resultam em uma dieta inadequada.
Suplementação de vitamina D em idosos
A Endocrine Society recomenda a suplementação empírica de vitamina D em indivíduos com 75 anos ou mais, devido ao possível efeito na redução da mortalidade.
No entanto, para a população saudável abaixo de 50 anos, a suplementação de vitamina D não é recomendada, a menos que haja algum fator de risco identificado.
Vitamina D e osteoporose
Em pacientes com osteoporose, as principais diretrizes sugerem manter níveis de vitamina D acima de 30 ng/mL. Estudos observacionais apontam um risco aumentado de fraturas de quadril em indivíduos com níveis inferiores a 12 ng/mL em comparação com aqueles com níveis superiores a 30 ng/mL.
Embora os níveis ótimos de vitamina D ainda não estejam claramente estabelecidos, a suplementação parece estar associada a desfechos favoráveis.
Conclusão
A suplementação de vitamina D é crucial para manter a saúde óssea em indivíduos com raquitismo, osteoporose ou aqueles com dietas inadequadas. Embora os níveis ideais de 25-OH-vitamina D ainda não estejam completamente definidos, a suplementação tem demonstrado efeitos positivos, especialmente em pacientes de risco.
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