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Pediatria17 fevereiro 2025

Manejo das infecções bacterianas das vias aéreas na infância

Neste vídeo, a médica pediatra Bárbara Reis fala sobre as principais infecções bacterianas agudas das vias aéreas e o manejo adequado delas.

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com GSK de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

As infecções bacterianas agudas das vias aéreas são uma preocupação significativa na pediatria por causa da morbidade em crianças. Entre as principais infecções estão otites, faringoamigdalites, rinossinusites, bronquites e pneumonias. O manejo adequado dessas infecções é crucial para minimizar a resistência bacteriana e garantir a recuperação eficaz dos pacientes pediátricos. 

Otite média aguda (OMA) 

A OMA é uma infecção da orelha média, caracterizada por otalgia, febre e irritabilidade. Os principais patógenos incluem Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. O diagnóstico é feito por otoscopia, observando-se abaulamento da membrana timpânica ou otorreia. O tratamento envolve antibioticoterapia, com amoxicilina sendo a primeira escolha. Em casos de resistência ou falha terapêutica, amoxicilina + clavulanato é recomendada. 

Faringoamigdalite aguda 

A faringoamigdalite é uma inflamação das estruturas faríngeas, frequentemente causada por vírus em crianças menores de 3 anos. As infecções bacterianas, principalmente por Streptococcus beta-hemolítico do grupo A, exigem diagnóstico e tratamento antimicrobiano para prevenir complicações como febre reumática. O diagnóstico é feito com swab orofaríngeo e teste rápido de detecção do antígeno. 

Rinossinusite aguda 

A rinossinusite é a inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais. Diferenciar entre rinossinusite viral e bacteriana é essencial para evitar o uso excessivo de antibióticos. A rinossinusite bacteriana é indicada por sintomas como rinorreia purulenta persistente e dor facial por mais de 10 dias. O tratamento inclui amoxicilina ou amoxicilina + clavulanato, dependendo da gravidade e histórico do paciente. 

Bronquite bacteriana prolongada (BBP) 

A BBP é definida pela presença de tosse produtiva crônica por mais de 4 semanas, resolvendo-se após um curso de antibióticos. O diagnóstico é clínico, com radiografias e testes de função pulmonar geralmente normais. O tratamento envolve amoxicilina + clavulanato, com alternativas para pacientes alérgicos à penicilina. 

Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) 

A PAC é uma inflamação dos pulmões, frequentemente causada por vírus como o vírus sincicial respiratório (VSR) em menores de 5 anos. Os agentes bacterianos incluem Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus. O diagnóstico é clínico, com sintomas como febre, taquipneia e tosse. O tratamento ambulatorial inclui amoxicilina, com alternativas para pacientes alérgicos. 

Considerações finais 

O manejo das infecções bacterianas das vias aéreas na infância requer um diagnóstico preciso e o uso criterioso de antibióticos. A prevenção, através de vacinas e medidas de higiene, é fundamental para reduzir a incidência dessas infecções. A consulta de reavaliação após 48 a 72 horas é crucial para monitorar a evolução do tratamento e ajustar a terapia conforme necessário. 

Para um olhar mais completo em cima do manejo das infecções bacterianas das vias aéreas na infância, assista a masterclass acima! 

Autoria

Foto de Roberta Esteves Vieira de Castro

Roberta Esteves Vieira de Castro

Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra

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