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Clínica Médica28 abril 2025

Tratamento de estados inflamatórios agudos pós-traumáticos e pós-cirúrgicos

Uso de anti-inflamatórios e glicocorticoides no manejo da inflamação pós-traumática e pós-cirúrgica, destacando suas funções, benefícios e cuidados necessários.
Por Guilherme Balbi

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Mantecorp Farmasa de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A resposta inflamatória é essencial para a recuperação e cicatrização dos tecidos após lesões traumáticas ou cirúrgicas. No entanto, essa resposta pode causar desconforto significativo ao paciente. Este artigo explora o uso de anti-inflamatórios e glicocorticoides no manejo da inflamação pós-traumática e pós-cirúrgica, destacando suas funções, benefícios e cuidados necessários.

Importância da resposta inflamatória

A inflamação é uma resposta natural do corpo que ajuda na eliminação de micro-organismos, coagulação para parar sangramentos e reparação dos tecidos. No entanto, uma resposta inflamatória exacerbada pode causar dor intensa e perda de funcionalidade, prejudicando a cicatrização e trazendo repercussões sistêmicas.

Glicocorticoides

Os glicocorticoides, derivados sintéticos do cortisol, são amplamente utilizados para modular a inflamação. Eles possuem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios potentes, sendo úteis no manejo pós-trauma e pós-cirúrgico. Exemplos incluem prednisona, prednisolona, metilprednisolona, triancinolona, dexametasona e betametasona.

  1. Uso no perioperatório: A infusão de glicocorticoides no intraoperatório pode reduzir náuseas e vômitos no pós-operatório, além de diminuir o edema em cirurgias como neurocirurgia e cirurgia plástica.
  2. Controle da dor: Glicocorticoides podem reduzir a dor pós-operatória e o consumo de opioides, como demonstrado em estudos com prednisona e prednisolona.
  3. Efeitos adversos: O uso prolongado de glicocorticoides pode causar catarata, osteoporose, diabetes e ganho de peso. No entanto, esses efeitos são menos pronunciados em tratamentos de curto prazo (10 a 14 dias).

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)

Os AINEs são eficazes no alívio da dor e inflamação, atuando principalmente na inibição da enzima ciclo-oxigenase (COX), que metaboliza o ácido araquidônico em prostaglandinas. Existem duas isoformas da COX: COX-1, associada a funções fisiológicas, e COX-2, relacionada ao estado inflamatório agudo.

  1. Seletividade para COX-2: AINEs seletivos para COX-2, como nimesulida, meloxicam e celecoxibe, são preferidos em pacientes com alto risco de eventos gastrointestinais. No entanto, medicações super seletivas para COX-2 podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares.
  2. Eficácia: O diclofenaco tem mostrado maior eficácia no controle da dor em pacientes com osteoartrite. A nimesulida, associada à beta-ciclodextrina, tem sua absorção otimizada.
  3. Uso no pós-operatório: AINEs são utilizados no controle da dor pós-operatória, sem prejuízo à função renal ou aumento do risco de infecção de ferida operatória.

Relaxantes musculares

Os relaxantes musculares, como o carisoprodol, são utilizados para aliviar a dor lombar mecânica intensa. Eles ativam vias GABAérgicas, induzindo relaxamento muscular e alívio da dor. Comprimidos que combinam AINEs, carisoprodol, paracetamol e cafeína são opções convenientes para pacientes.

Conclusão

O manejo de estados inflamatórios agudos pós-traumáticos e pós-cirúrgicos deve ser personalizado, considerando as particularidades de cada paciente. O uso de glicocorticoides, AINEs e relaxantes musculares pode proporcionar alívio significativo da dor e inflamação, melhorando a recuperação e qualidade de vida dos pacientes. É essencial utilizar essas medicações na menor dose possível e pelo menor tempo necessário para minimizar os riscos de efeitos colaterais.

Autoria

Foto de Guilherme Balbi

Guilherme Balbi

Médico Reumatologista pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Membro da Comissão de Síndrome Antifosfolípide da SBR. Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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