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A infecção relacionada à derivação ventricular externa (DVE) foi um dos temas apresentados no CBMI 2018. A palestra referente ao assunto foi ministrada na última quinta-feira (29 de novembro) pela Dra. Viviane Cordeiro Veiga, médica coordenadora da UTI neurológica do hospital da Beneficência Portuguesa, mestre e doutora pela Unicamp, e presidente do comitê de neurointensivismo da AMIB.
A taxa de infecção pode variar de 0 a 32%, mais comumente abaixo de 10%. Foi sugerida apenas uma dose profilática antes da inserção do cateter. Não há evidência suficiente para escolha do antibiótico específico a ser realizado antes do procedimento, que deve ser feito, de preferência, utilizando-se de dados de antibiogramas locais. Não é recomendável trocar o local do cateter de rotina, observando a permanência pelo menor tempo possível.
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A associação de vancomicina a algum betalactâmico com atividade antipseudomonas (cefepime, ceftazidima, metopenem) é recomendada para tratamento de ventriculite/meningite relacionada à DVE.
Deve-se tratar tal infecção por 10 a 14 dias, alguns especialistas sugerem que a infecção por gram-negativo seja tratada por 21 dias. Atentar para o diagnóstico precoce e remover cateteres na suspeita de infecção.
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