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Terapia Intensiva30 novembro 2018

CBMI 2018: como andam os resultados sobre extubação paliativa?

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos. Na sessão de temas livres, no Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI 2018), aconteceu uma apresentação com um tema delicado, que está em alta em cuidados paliativos: retirada do suporte avançado de vida na terceira idade. A palestra foi apresentada por Amaro Jose Peixoto, que representava um plano de saúde …

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Na sessão de temas livres, no Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI 2018), aconteceu uma apresentação com um tema delicado, que está em alta em cuidados paliativos: retirada do suporte avançado de vida na terceira idade. A palestra foi apresentada por Amaro Jose Peixoto, que representava um plano de saúde (Prevent Senior).

No início da apresentação, foi ressaltada a necessidade de se evitar a distanásia na Terapia Intensiva, na qual a dualidade entre a busca pela cura e o prolongamento do sofrimento está presente.

CBMI 2018
Imagem registrada durante a CBMI 2018.

No estudo, participaram 308 pacientes de diferentes hospitais paulistas, em que foi aplicada a extubacção paliativa. Na seleção dos pacientes, foi priorizado a aproximação da família e esclarecimento do quadro atual do enfermo, com discussões sobre a evolução da funcionalidade dos pacientes. Também foi ressaltada a importância do empoderamento do indivíduo e seus familiares na tomada de decisões.

Leia mais: ACP atualiza sua posição em relação à eutanásia

No protocolo de extubação, foi realizada avaliação por médicos, enfermeiros e psicólogos. Além de atendimento fisioterápico, com aspiração de vias aéreas e posicionamento adequado  do leito. Também eram feitas medicações como morfina, hidrocortisona e escopolamina.

Os seguintes resultados foram apontados:

  • Media de idade dos pacientes foi de 80 anos;
  • 72% destes eram do sexo feminino;
  • Tempo de sobrevida: 9% faleceram em ate 6h; 15,6% entre 6 e 24h; 45,5% entre 1 a 7 dias; 29,9% após 7 dias, sobrevida máxima foi de 109 dias;
  • 7,14% dos pacientes receberam alta hospitalar;
  • Local do óbito: 68,2% enfermaria; 24,7% UTI; restante na residência.

Com base nos dados, o autor estimula a prática de extubação paliativa, o resgate da dignidade do paciente, com vista à humanização dos serviços de saúde. Os convidados da mesa ressaltaram a importância de se considerar que a prática deve ser realizada criteriosamente, por profissionais especializados.

Confira mais publicações sobre a CBMI 2018:

*Artigo elaborado com colaboração de Caroline Mafra

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Referências:

  • Retirada do suporte avançado de vida na terceira idade – Apresentação realizada no Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva 30/11/2018.

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