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Terapia Intensiva19 setembro 2017

ACP atualiza sua posição em relação à eutanásia

Em artigo publicado essa semana no Annals of Internal Medicine, o American College of Physicians (ACP), atualizou sua posição em relação a eutanásia.

Por Vanessa Thees

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Em artigo publicado essa semana no Annals of Internal Medicine, o American College of Physicians (ACP) atualizou sua posição em relação à eutanásia. A entidade, mais uma vez, se posicionou contra a legalização do suicídio assistido pelo médico e recomendou que os profissionais foquem em melhorar os cuidados de fim de vida.

No texto, o ACP destaca que a questão é “problemática, dada a natureza do relacionamento médico-paciente” e “afeta a confiança no relacionamento e na profissão, alterando fundamentalmente o papel da profissão médica na sociedade”.

O Colégio recomenda que os médicos se concentrem em melhorar os cuidados de fim de vida. Para esse fim, o ACP recomenda 12 passos para quando o paciente solicitar suicídio assistido pelo médico:

1. Esteja presente, ouvindo o paciente e mantendo o diálogo aberto, explorando os motivos do pedido, tentando entender o seu significado e buscando soluções alternativas sempre que possível.

2. Afirme que vai cuidar e não abandonar o paciente, acompanhando e aconselhando-o através da jornada de cuidados de fim de vida.

3. Discuta os objetivos do paciente e a natureza dos cuidados paliativos, explicando a abordagem e orientando sobre a doenças.

4. Facilite o planejamento do cuidado antecipado e uma compreensão da tomada de decisão substitutiva, conforme desejado pelo paciente.

5. Certifique-se de que o paciente esteja totalmente informado sobre o direito de recusar tratamentos e o que isso implica.

6. Interrompa ou não inicie medicamentos e intervenções que interferem com os valores, metas e preferências do paciente.

Veja também: ‘Prolongar a vida ou cuidados paliativos: pesquisa mostra o que o brasileiro prefere’

7. Avalie e trate a dor do paciente e outros sintomas físicos e psicológicos.

8. Avalie e otimize a função do paciente.

9. Coordene, conforme desejado pelo paciente, os esforços de outros membros da equipe de cuidados de saúde e use recursos da comunidade para enfrentar os encargos financeiros, emocionais e espirituais sobre o paciente e a família.

10. Prepare o paciente e a família para o que eles podem esperar à medida que a doença avança, garantindo que o eles tenham informado as expectativas, incluindo, por exemplo, a compreensão de que a doença avançada geralmente implica perda natural de apetite e sede.

11. Avalie regularmente o estado do paciente e a capacidade de tomada de decisão.

12. Organize cuidados paliativos em casa se essa for a preferência do paciente, sabendo que os conhecimentos de cuidados paliativos devem ser usados ​​o mais cedo possível.

Leia o posicionamento completo do ACP nesse link.

E mais: ‘Atualizações sobre Eutanásia e suicídio assistido no Brasil e no mundo’

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Sulmasy LS, Mueller PS, for the Ethics, Professionalism and Human Rights Committee of the American College of Physicians. Ethics and the Legalization of Physician-Assisted Suicide: An American College of Physicians Position Paper. Ann Intern Med. [Epub ahead of print 19 September 2017] doi: 10.7326/M17-0938

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