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Saúde5 agosto 2024

SUS contará com dois novos medicamentos para a doença falciforme 

Os medicamentos para doença falciforme devem estar disponíveis em até 180 dias após a incorporação no Sistema Único de Saúde 
Por Augusto Coutinho

O Sistema Único de Saúde (SUS) receberá dois novos medicamentos para tratamento da doença falciforme, a alfaepoetina e a hidroxiureia. De acordo com o Ministério da Saúde, a alfaepoetina será destinada a pacientes que apresentam declínio da função renal e piora do quadro de anemia; e a hidroxiureia, na apresentação de 100 mg para pacientes com pelo menos de 9 meses de idade, e na apresentação de 500 mg para pacientes com 9 e 24 meses sem sintomas e complicações. 

Leia também: Qual a relação entre dor e sono na doença falciforme em crianças? 

Para o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, Marco Pereira, “O Ministério da Saúde toma uma decisão importantíssima. A alfaepoetina era um medicamento que ainda não estava disponibilizado para anemia falciforme no SUS, assim como a hidroxiureia na apresentação de 100 mg. Com isso, a assistência farmacêutica amplia o acesso e direciona o olhar de forma mais cuidadosa para essas crianças, considerando principalmente os grupos que mais precisam de uma atenção especial.” 

SUS contará com dois novos medicamentos para a doença falciforme 

Doença falciforme 

É a enfermidade genética com maior prevalência no mundo, atinge principalmente pessoas pardas e pretas. Segundo dados do governo entre os anos de 2014 e 2020, nasceram 3,75 pessoas com doença falciforme a cada 10 mil nascidos vivos no Brasil, com taxa de mortalidade de aproximadamente 1,12 pessoas a cada 100.000 habitantes. De 2015 a 2019, entre os indivíduos que foram a óbito em razão da doença, a maioria era parda ou negra (78,6%) e (52,2%) eram mulheres.  

Tratamento no SUS 

Realizado na triagem neonatal, o teste do pezinho é o principal instrumento diagnóstico para doença, possibilitando o início precoce de cuidados específicos. Para diagnóstico tardio, o SUS oferece o exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, disponibilizado na rede pública para toda a população. E a doação de sangue também pode ser uma opção de rastreio, uma vez que a legislação prevê o rastreamento nos hemocentros e unidades de coleta nos estados e municípios.   

Desde 2005, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias (PNAIPDF) instituiu cerca de 150 serviços de atenção ambulatorial especializada, com tratamentos curativos da doença, medicamentos, exames de sangue e imagem, além de consultas. Com acompanhamento contínuo através das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com realização de exames laboratoriais, instruções sobre autocuidado e orientações sobre informação genética, com encaminhamento para atendimento especializado, quando necessário. 

Autoria

Foto de Augusto Coutinho

Augusto Coutinho

Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).

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