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Infectologia8 maio 2024

Sociedades médicas divulgam indicações de quimioprofilaxia na leptospirose

Chuvas que atingem o Rio Grande do Sul aumentam o risco de infecção para população afetada.

Devido a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul e o risco de infecção pela bactéria Leptospira, através do contato com água ou solo contaminados pela urina de animais infectados, a Sociedade Brasileira de Infectologia, a Sociedade Gaúcha de Infectologia e a Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul divulgaram nota técnica em conjunto trazendo indicações de quimioprofilaxia na leptospirose. 

A primeira ressalva na nota é corroboração da Nota Técnica Nº 16/2024-CGZV/DEDT/SVSA/MS, que recomenda a não utilização de antimicrobianos profiláticos como conduta de rotina. Entretanto, há a indicação da profilaxia com antimicrobianos em situações de alto risco, sendo a classificação de alto risco: “indivíduos com exposição contínua de transitar em águas contaminadas ou alagadiças com ou sem lesões de pele. Nadar em área alagada e a ingestão de água contaminada também são consideradas de alto risco”.  

Uso concomitante de ISRS e anticoagulantes e o risco de sangramento 

Nessa definição se enquadram:

  • Equipes de socorristas de resgate e voluntários com exposição prolongada a água de enchente, nos quais os equipamentos de proteção individual não sãocapazes de prevenir a exposição; e 
  • Pessoas expostas à água de enchente por período prolongado com avaliação médica criteriosa do risco dessa exposição. 

O medicamento indicado é a Doxiciclina, com a Azitromicina como alternativa. 

Leptospirose: o que precisamos saber sobre o risco desta doença após enchentes?

As sociedades médicas também listam as seguintes observações: 

  • A profilaxia com antimicrobianos não é 100% eficaz, e, mesmo em uso de quimioprofilaxia, a pessoa pode adquirir doença.  
  • Profilaxia com doxiciclina não deve ser feita em gestantes e lactantes.  
  • Pele íntegra não é fator protetor em exposição prolongada à água de enchente.  
  • Há risco elevado de infecção quando as pessoas retornam às suas residências.  
  • Devem ser utilizados EPI’s (botas, luvas, calças para proteção) onde normalmente há contato com água suja ou lama. 

Autoria

Foto de Augusto Coutinho

Augusto Coutinho

Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).

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