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Saúde9 setembro 2025

Retirado status de emergência internacional da mpox 

Decisão reflete queda de casos e mortes ligados a mpox, mas entidade alerta que vigilância e resposta devem continuar 
Por Roberta Santiago

A Organização Mundial da Saúde anunciou, no último dia 5, que a mpox deixou de ser considerada emergência de saúde internacional. A decisão foi tomada após recomendação do comitê de emergência da entidade, que observou uma redução consistente no número de casos e mortes, sobretudo em países africanos fortemente afetados, como República Democrática do Congo, Burundi, Serra Leoa e Uganda. 

Mais atenção 

De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a suspensão da emergência não deve ser interpretada como o fim da ameaça. A entidade reforça que a resposta internacional deve ser mantida, com ênfase em vigilância epidemiológica, capacidade diagnóstica e estratégias de prevenção. 

Para especialistas, a experiência recente com a mpox reforça a importância de fortalecer sistemas de saúde capazes de detectar rapidamente surtos de doenças infecciosas e garantir acesso equitativo a vacinas e tratamentos. Embora o cenário atual seja mais favorável, ainda há risco de recrudescimento em regiões endêmicas e em grupos populacionais específicos. 

Leia ainda: OMS autoriza vacina contra infecção por mpox 

A OMS conclui que a cooperação internacional permanece essencial para consolidar os avanços alcançados e evitar que novos surtos retomem escala global. 

Retirado status de emergência internacional da mpox 

Mpox

A mpox é causada por um vírus da mesma família da varíola e apresenta manifestações clínicas como febre, fadiga, dores musculares e, principalmente, lesões cutâneas em forma de pústulas. Embora a taxa de mortalidade global tenha se mostrado baixa, surtos mais graves foram registrados em contextos de fragilidade sanitária e em populações vulneráveis. 

Histórico 

A doença foi identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo em 1970 e permaneceu endêmica em cerca de dez países africanos por décadas. No entanto, em 2022, o cenário mudou com a propagação internacional, incluindo nações da Europa e das Américas, onde o vírus nunca havia circulado. Esse avanço levou a OMS a decretar a emergência global em julho daquele ano.

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Referências bibliográficas

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