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Saúde20 outubro 2025

Resistência a antibióticos cresce globalmente, alerta novo relatório da OMS 

Estudo reúne dados de 23 milhões de casos de resistência a antibióticos e mostra lacunas no monitoramento e uso racional de antimicrobianos 

A resistência antimicrobiana (RAM) segue como uma das maiores ameaças à saúde global, comprometendo a eficácia de tratamentos essenciais e aumentando o risco de complicações, até mesmo em procedimentos médicos de rotina. 

O Relatório Global de Vigilância da Resistência a Antibióticos 2025, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apresenta dados atualizados sobre a prevalência e as tendências da resistência a antibióticos em todo o mundo. A análise reúne mais de 23 milhões de casos bacteriologicamente confirmados de infecções da corrente sanguínea, trato urinário, sistema gastrointestinal e gonorreia urogenital, registrados entre 2016 e 2023. 

Saiba mais: Antibióticos usados na pandemia de covid-19 têm relação com superbactérias 

Em 2023, 104 países enviaram informações ao Sistema Global de Vigilância da Resistência Antimicrobiana e do Uso de Antimicrobianos (GLASS), que padroniza os dados para subsidiar políticas de saúde pública. 

O relatório fornece estimativas globais e regionais para 93 combinações tipo de infecção–patógeno–antibiótico e monitora as tendências de resistência para 16 combinações-chave entre 2018 e 2023. Também apresenta estimativas nacionais ajustadas, permitindo comparar o avanço da resistência entre diferentes países e regiões. 

Desde 2016, o GLASS tem apoiado a construção de sistemas nacionais de vigilância, visando gerar informações confiáveis para orientar decisões clínicas e estratégias de prevenção. A edição de 2025 introduz ainda uma metodologia de pontuação inédita, que avalia a completude dos dados fornecidos pelos países e evidencia lacunas críticas no monitoramento global. 

Leia ainda: Fatores associados à resistência antimicrobiana do H. pylori em pediatria 

Uso racional de antimicrobianos

Entre as recomendações da OMS estão o fortalecimento da vigilância nacional, o uso racional de antimicrobianos e o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de novos medicamentos. O documento reforça que a RAM é mais que um desafio clínico — trata-se de um problema de saúde pública que exige ação coordenada e urgente em escala mundial. 

Para médicos e profissionais de saúde, os dados reforçam a importância de protocolos atualizados, prescrição criteriosa de antibióticos e vigilância contínua frente ao avanço das superbactérias.

Autoria

Foto de Roberta Santiago

Roberta Santiago

Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.

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