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Saúde2 agosto 2024

Pesquisadores desenvolvem novo método para verificação da infectividade de vírus 

Pesquisadores da Universidade de Birmingham desenvolveram um novo ensaio que pode ser usado para determinar se um vírus está ou não envelopado 

Ensaio batizado de FAIRY, sigla em inglês para Fluorescence Assay for vIRal IntegritY (ensaio de fluorescência para integridade viral, em tradução livre) promete avaliar vírus e antivirais virucidas relacionados em minutos, permitindo determinar a eficácia de ações antivirais com maior rapidez, de forma a interromper o ciclo de infecção. 

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“Em média, a cada quatro anos é descoberto um novo vírus com potencial pandêmico, e há muitos outros vírus já conhecidos que podem cruzar a barreira das espécies. No entanto, até onde sabemos, atualmente não há ensaio capaz de identificar se uma amostra contém vírus intactos ou não intactos e, portanto, mostrar se é infecciosa ou não infecciosa, sem cultivo de células, que pode levar semanas”, disse o Dr. Samuel Jones, que liderou o desenvolvimento do método. 

Pesquisadores desenvolvem novo método para verificação da infectividade de vírus 

Imagem de kjpargeter/freepik

Como funciona o ensaio para análise da infectividade de vírus? 

A nova técnica utiliza um corante capaz de penetrar nos vírus e se ligar ao DNA ou RNA viral, quando ocorre a ligação ele fornece um sinal fluorescente. Para evitar essa ligação e indicar a integridade viral, o corante foi conjugado a uma molécula maior, o que impede que penetre nos poros do capsídeo. 

A eficácia do ensaio foi avaliada usando o vírus herpes simplex (HSV-2), vírus sincicial respiratório (RSV), citomegalovírus (CMV), rinovírus humano-8 (HRV-8), coronavírus humano OC43 (OC43), vírus chikungunya (CHIKV), vírus da dengue 1 e vírus da dengue 2, vírus zika e enterovírus 71 (EV71). 

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Segundo o Dr. Jones: “Este ensaio simples e de baixo custo usa insumos prontos e pode avaliar rapidamente a capacidade de neutralizar a infectividade viral de vários desinfetantes e vírus, em um único ensaio de microplaca. Ele poderia ter rastreado cada desinfetante para atividade antiviral durante a pandemia de SARS-CoV-2 e, do mesmo modo, fornecer uma resposta mais rápida durante a próxima pandemia.” 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

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