Nova variante da mpox é identificada na Inglaterra

A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA) confirmou essa semana, a detecção de uma nova variante da mpox em um paciente na Inglaterra. De acordo com o órgão, a pessoa infectada havia retornado recentemente de uma viagem à Ásia, o que indica um possível caso importado.

A análise genética inicial mostrou que o vírus apresenta características dos dois principais subtipos da mpox: o clado 1, considerado mais agressivo e predominante em alguns países da África central, e o clado 2, associado aos surtos registrados globalmente desde 2022. A UKHSA avalia agora se essa combinação pode alterar o comportamento da doença em relação à gravidade ou à transmissibilidade.

“Nossos testes genômicos nos permitiram identificar essa nova variante da mpox”, afirmou a chefe de infecções sexualmente transmissíveis da UKHSA, Katy Sinka. Ela reforçou que, embora muitos casos sejam considerados leves, a doença pode evoluir de maneira severa em pessoas vulneráveis. “A vacinação segue sendo uma forma eficaz de proteção contra formas graves”, destacou.

Mpox

A mpox é causada pelo vírus Monkeypox e pode ser transmitida entre pessoas ou por contato com objetos contaminados. Em algumas regiões, também pode haver transmissão a partir de animais infectados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dor muscular e inchaço nos gânglios. A doença pode variar de leve a grave, com duração média entre duas e quatro semanas.

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Imagem de CDC/NIAID – partículas do vírus da mpox colorizadas.

Situação global

A Organização Mundial da Saúde declarou o fim da emergência de saúde internacional para a mpox em setembro de 2025, após redução na circulação do vírus e queda de casos graves em diversos países africanos. A emergência havia sido decretada no ano anterior, quando a doença se espalhou rapidamente para regiões onde nunca havia sido registrada.

Identificada pela primeira vez em humanos na República Democrática do Congo, em 1970, a mpox permaneceu restrita por décadas a áreas endêmicas na África. Porém, surtos recentes mostraram capacidade de dispersão global, mantendo autoridades sanitárias em alerta para o monitoramento de novas variantes, como a recém-detectada no Reino Unido.