O Ministério da Saúde anunciou em setembro, que crianças entre 16 e 30 meses deverão passar por triagem para autismo durante consultas de rotina no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida faz parte da nova linha de cuidado para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco no diagnóstico precoce e no suporte às famílias.
Triagem com M-Chat entra na rotina de puericultura
A estratégia prevê a utilização do M-Chat (Modified Checklist for Autism in Toddlers), questionário composto por 23 perguntas simples, respondidas pelos pais ou responsáveis. O teste, recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria desde 2017, é considerado de fácil aplicação e possui alta sensibilidade para indicar casos que precisam de investigação mais detalhada.
Registro e acompanhamento contínuo
Os resultados deverão ser registrados na Caderneta de Saúde da Criança, permitindo que profissionais de saúde, pais e responsáveis acompanhem o desenvolvimento infantil de forma integrada. Essa documentação também facilita o encaminhamento para equipes especializadas sempre que houver sinais de risco.
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Benefícios esperados: diagnóstico e intervenção precoce
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida “fortalece a atenção primária e orienta os profissionais de saúde para adoção desses métodos de rastreamento”. O diagnóstico precoce é considerado fundamental para otimizar o desenvolvimento de autonomia e habilidades sociais em crianças com TEA.
De acordo com o Censo 2022 do IBGE, cerca de 1% da população brasileira vive com TEA, o que reforça a relevância da ampliação do rastreamento no SUS.
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