Ministério da Saúde incorpora lenalidomida para tratamento de linfoma no SUS
Após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o Ministério da Saúde publicou portaria anunciando a incorporação da lenalidomida em combinação com rituximabe para pacientes com linfoma folicular previamente tratados no Sistema Único de Saúde (SUS).
A portaria SECTICS/MS nº 29/2024 informa que as áreas técnicas do sistema terão o prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta no SUS.
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A utilização do medicamento combinado ao rituximabe é aprovada pela Anvisa, sendo indicada para o tratamento de pacientes com linfoma folicular ou linfoma de zona marginal previamente tratados.
Imagem de freepikRecomendação da Conitec para lenalidomida
De acordo com a comissão, o medicamento poderia “aumentar a sobrevida livre de progressão em pacientes diagnosticados com linfoma folicular (LF) que tiveram falha terapêutica, progressão da doença após outras terapias ou reaparecimento do câncer após um tratamento previamente bem-sucedido.”
A nota da Conitec descreve a lenalidomida como um medicamento oral que atua no sistema de defesa do corpo, sendo capaz de reverter a falha no sistema de defesa que prejudica o controle do câncer causada pelas células do linfoma folicular. Assim, o medicamento agiria sobre o crescimento e a disseminação de células cancerígenas.
A recomendação também levou em conta o custo-benefício do medicamento para o sistema.
No Sistema Único de Saúde
Atualmente, o SUS oferece como opção terapêutica radioterapia para tumores nos estágios iniciais, e, em estágios avançados, sendo indicada após a quimioterapia. Além do rituximabe para pacientes sintomáticos com diagnóstico recente de linfoma folicular em fase avançada e que requeiram poliquimioterapia como primeira opção de tratamento.
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Em indivíduos com falha terapêutica, progressão da doença após a finalização de outras terapias ou reaparecimento do câncer após um tratamento avaliado como bem-sucedido, é considerado o transplante de células-tronco hematopoéticas como tratamento padrão. Além disso, pacientes sintomáticos, sem tratamento anterior com rituximabe, podem receber quimioterapia contendo esse medicamento.
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