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Saúde7 abril 2022

Mais um tratamento para hepatite B é incorporado ao SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer mais uma alternativa terapêutica para hepatite B. Trata-se do tenofovir alafenamida (TAF).

Por Úrsula Neves

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer mais uma alternativa terapêutica para hepatite B. Trata-se do tenofovir alafenamida (TAF), que configura a terceira linha de tratamento para pacientes nos casos em que o uso de tenofovir convencional e entecavir não seja uma alternativa viável.

O Ministério da Saúde incorporou o medicamento, uma vez que ele se mostrou mais seguro que o entecavir em relação à resistência viral após o uso prévio de lamivudina. E em situações bastante específicas, se apresenta também como opção mais segura referente a disfunções ósseas e renais, quando comparado ao fumarato de tenofovir desoproxila (TDF), medicamento antirretroviral e antiviral utilizado para hepatite B, Delta e o tratamento da HIV/Aids.

Leia também: Screening universal de anticorpos para hepatite B e vacinação na gravidez

Essa é uma excelente notícia para pacientes em tratamento para hepatite B que apresentam condições clínicas específicas, como contraindicação no uso dos medicamentos existentes para a doença.

Segundo previsão da pasta, mais de 1 milhão de comprimidos do novo remédio devem ser distribuídos em todo o Brasil entre março e abril deste ano. O investimento anual está estimado em mais de R$18 milhões.

Mais um tratamento para hepatite B é incorporado ao SUS

Diagnóstico

Apenas clinicamente não é possível diferenciar a hepatite B da hepatite causada por outros agentes virais. Sendo assim, a confirmação laboratorial do diagnóstico é essencial.

Diversos exames de sangue estão disponíveis para diagnosticar e monitorar pessoas com hepatite B, que podem ser utilizados ​​para distinguir as infecções agudas das crônicas.

De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgadas em 2019, 30,4 milhões de pessoas (10,5% de todos os indivíduos estimados vivendo com hepatite B) estavam cientes de sua infecção, enquanto 6,6 milhões (22%) das pessoas diagnosticadas estavam em tratamento. A proporção de crianças menores de cinco anos de idade infectadas cronicamente caiu para pouco menos de 1%.

Tratamento

Ainda não existe tratamento específico para a hepatite B aguda. A enfermidade pode ser tratada com medicamentos, incluindo agentes antivirais orais. O tratamento pode retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida a longo prazo.

Em 2021, a OMS estimou que 12% a 25% das pessoas com infecção crônica por hepatite B precisarão de tratamento, dependendo do cenário e dos critérios de elegibilidade.

Saiba mais: CROI 2022: controvérsias em hepatite B crônica

A organização mundial recomenda o uso de tratamentos orais (tenofovir ou entecavir) como os medicamentos mais potentes para suprimir o vírus da hepatite B. A maioria das pessoas que inicia o tratamento da hepatite B deve continuar por toda a vida.

Em ambientes de baixa renda, a maioria dos pacientes com câncer de fígado vem a óbito dentro de meses após o diagnóstico. Já em países de alta renda, as pessoas conseguem acesso mais rapidamente à cirurgia e quimioterapia, que podem prolongar a vida por diversos meses a até alguns anos. O transplante de fígado também pode ser usado em pacientes com cirrose ou câncer de fígado com sucesso variável.

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Referências bibliográficas

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