Mais Médicos envia 400 profissionais para reforçar a saúde em áreas vulneráveis

Cerca de 400 médicos formados no exterior começam a atuar, ainda em abril, em 180 municípios e 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), distribuídos por 22 estados brasileiros. Eles integram a nova leva de profissionais do Programa Mais Médicos que concluiu, no dia 11 desse mês, o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), etapa preparatória que capacita os participantes para atuar nas regiões de maior vulnerabilidade.

Com a chegada dos novos profissionais, o Ministério da Saúde espera fortalecer a atenção primária, reduzir o tempo de espera por atendimento e promover avanços significativos na assistência à saúde indígena, como a diminuição de remoções médicas no território Yanomami. Os médicos foram treinados para atuar em cenários de urgência, emergência e no combate a doenças prevalentes nas localidades, como a malária.

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O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, afirma que o programa tem papel fundamental na ampliação do acesso à saúde e na prevenção de agravamentos de doenças que poderiam exigir internações. Segundo ele, passados 12 anos desde a criação do Mais Médicos, os resultados são visíveis: houve redução da mortalidade infantil e ampliação da cobertura da atenção básica, permitindo que pessoas recebam cuidados próximos de suas famílias e comunidades, sem necessidade de deslocamentos ou hospitalizações evitáveis.

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O desempenho dos profissionais é monitorado por ferramentas como o prontuário eletrônico e-SUS APS, que permite o acompanhamento do histórico dos pacientes e a integração com outros níveis do Sistema Único de Saúde (SUS).

Alcance do programa

Atualmente, o Mais Médicos conta com cerca de 24,9 mil médicos em atividade em 4,2 mil municípios, o que representa 77% do território nacional. Entre essas cidades, 1,7 mil são consideradas de alta vulnerabilidade social. A meta do governo é alcançar 28 mil médicos até o fim de 2025.

Um dos marcos recentes foi registrado em dezembro de 2024, quando o programa atingiu seu maior número de médicos em atuação nos DSEIs, com 601 profissionais dedicados à saúde indígena. No total, estima-se que mais de 64 milhões de brasileiros sejam beneficiados com a assistência oferecida pelo programa.