A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou os dados do último Boletim Infogripe referente à semana epidemiológica 39 (de 22/09/2024 a 28/09/2024). As informações do relatório indicam uma tendência de queda no longo prazo (6 semanas) para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devido a diminuição dos casos associados ao rinovírus e covid-19 pelo país, mas uma estabilização na tendência de curto prazo (3 semanas)
Alguns estados foram na contramão do maior parte do território nacional e apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins.
Crianças e idosos continuam a ser o grupo de maior risco para SRAG por covid-19, com o grupo maior de 65 anos apresentando maior mortalidade. Apesar das tendências de início de queda observadas, casos graves de covid-19 continuam crescendo entre essa população nos estados de Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal.
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Ainda sobre os casos de SRAG em idosos foi detectado um aumento nessa população nos estados do Acre, Ceará, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Embora a Fiocruz afirme que os dados laboratoriais disponíveis ainda não permitam a identificação da infecção viral responsável, a fundação considera que seja em decorrência de covid-19 devido a faixa etária e ao cenário nacional.
Causas além da covid-19
O rinovírus continua a ser o maior responsável por SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos, mas os casos relacionados apresentam sinal de interrupção do crescimento ou queda em grande parte do país, embora ainda apresentem sinal de aumento em alguns estados (Ceará, Pernambuco e Santa Catarina).
De 01/09/2024 até 28/09/2024, a prevalência entre os casos de SRAG positivos para a presença de infecção viral foi de 14,2% para Influenza A, 6,2% para Influenza B, 6.4% para vírus sincicial respiratório, 30,5% para rinovírus e 32,3% para SARS-CoV-2. Com os óbitos sendo majoritariamente ligados ao SARS-CoV-2 (63,3%) e Influenza A (20,4%).
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Prevalência em 2024
Em todo ano de 2024, foram registrados 138.185 casos de SRAG, com a distribuição dos casos positivos para infecção viral ficando em:
- 38,6% vírus sincicial respiratório (VSR)
- 24,6% rinovírus
- 18,8% SARS-CoV-2
- 18,2% Influenza A
- 1,0% Influenza B
Neste ano epidemiológico, 8.371 óbitos em decorrência de SRAG já foram notificados, entre os casos com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório 51,5% foram de SARS-CoV-2, 29,1% Influenza A, 9,4% vírus sincicial respiratório e 8,5% rinovírus.
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