O mais recente boletim InfoGripe, divulgado no dia 12 de junho, aponta uma elevação significativa nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025. De acordo com a Fiocruz, entre as semanas epidemiológicas 19 e 22, houve um crescimento de 91% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa alta se concentra principalmente nas regiões Centro-Sul do país, com a influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) liderando o número de internações.
Em alguns estados, como Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, e no Distrito Federal, já há indícios de desaceleração ou início de queda nos casos, mas a taxa de hospitalizações continua elevada. Os dados mais recentes correspondem à Semana Epidemiológica 23, de 1º a 7 de junho.
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Maior incidência
A influenza A tem causado a maior parte das internações por SRAG, atingindo todas as faixas etárias, com impacto mais acentuado em idosos. O VSR, por sua vez, tem sido a principal causa de internações entre crianças pequenas. O boletim reforça a importância da vacinação contra a gripe como principal forma de prevenir casos graves e mortes e recomenda cuidados como etiqueta respiratória, uso de máscaras em unidades de saúde e em locais fechados e com aglomeração.
Demografia
O boletim aponta que o avanço da influenza A continua nas regiões Centro-Sul e Nordeste, além de parte da região Norte, com níveis de incidência que variam de moderado a muito alto. Jovens, adultos e idosos são os mais afetados. Apesar disso, já é possível observar sinais de estabilização ou queda de casos entre idosos em estados como Amazonas, Pará, Tocantins e Mato Grosso do Sul.
Crianças de até quatro anos continuam sendo impactadas, com crescimento dos casos em grande parte do país. No entanto, algumas áreas, como o Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Espírito Santo e Acre, apresentam sinais de redução. Atualmente, 21 das 27 unidades federativas estão em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento a longo prazo.
Panorama de SRAG em 2025
No acumulado do ano, o Brasil já registra 93.779 casos de SRAG. Destes, 50,5% foram positivos para vírus respiratórios, sendo 45,1% causados por VSR, 24,5% por influenza A e 9,9% por Sars-CoV-2. Entre os óbitos recentes, a influenza A esteve presente em 75,4% dos casos com teste positivo.
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