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Saúde8 outubro 2025

Inca prevê 73,6 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2025 

Câncer de mama segue como a principal causa de morte por câncer entre mulheres; relatório aponta desafios e avanços

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou, no dia 3 de outubro, a publicação Controle de câncer de mama no Brasil: dados e números 2025. O relatório, que marca o início do Outubro Rosa, reúne informações sobre incidência, mortalidade, fatores de risco, prevenção e acesso a exames e terapias, servindo de referência para profissionais de saúde e gestores em todo o país. 

De acordo com o Inca, o câncer de mama permanece como o tipo que mais mata mulheres no Brasil. Para 2025, a estimativa é de 73.610 novos diagnósticos. Em 2023, mais de 20 mil brasileiras morreram em decorrência da doença. Entre 2020 e 2023, houve queda na mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos, mas a tendência não se repetiu em faixas etárias mais avançadas. 

Leia também: Tratamento cirúrgico do câncer de mama localmente avançado

Demografia 

O levantamento mostra que a região Sudeste concentra o maior número de casos, enquanto Santa Catarina lidera em taxa de incidência. Já em relação à mortalidade, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste apresentam os índices mais altos, com destaque para Roraima, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 

Segundo a chefe da Divisão de Detecção Precoce do Inca, Renata Maciel, houve avanço no tempo entre diagnóstico e início do tratamento, especialmente na Região Sul, que apresenta o maior percentual de casos tratados em até 60 dias. 

Os números mostram que a mortalidade entre mulheres com 80 anos ou mais tem crescido, ao mesmo tempo em que se observa redução nos óbitos em idades mais jovens. O maior percentual de mortes permanece concentrado na faixa etária entre 50 e 69 anos. 

Saiba mais: Estudo estima que mortes por câncer devem crescer em 75% até 2050

Inca prevê 73,6 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2025 

Rastreamento efetivo para câncer de mama

Ainda de acordo com Renata Maciel, seria necessário ampliar para 70% a cobertura do rastreamento para doença, mas atualmente a taxa não passa de 5,3% em alguns estados do Norte e chega a 33% no Espírito Santo, índice considerado muito baixo. 

O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, reforçou a importância do rastreamento precoce. Segundo ele, a ampliação de exames e medicamentos integra o programa Agora Tem Especialistas, que busca reduzir filas e garantir acesso mais rápido ao tratamento. 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

Autoria

Foto de Roberta Santiago

Roberta Santiago

Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.

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