O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou, no dia 3 de outubro, a publicação Controle de câncer de mama no Brasil: dados e números 2025. O relatório, que marca o início do Outubro Rosa, reúne informações sobre incidência, mortalidade, fatores de risco, prevenção e acesso a exames e terapias, servindo de referência para profissionais de saúde e gestores em todo o país.
De acordo com o Inca, o câncer de mama permanece como o tipo que mais mata mulheres no Brasil. Para 2025, a estimativa é de 73.610 novos diagnósticos. Em 2023, mais de 20 mil brasileiras morreram em decorrência da doença. Entre 2020 e 2023, houve queda na mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos, mas a tendência não se repetiu em faixas etárias mais avançadas.
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Demografia
O levantamento mostra que a região Sudeste concentra o maior número de casos, enquanto Santa Catarina lidera em taxa de incidência. Já em relação à mortalidade, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste apresentam os índices mais altos, com destaque para Roraima, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Segundo a chefe da Divisão de Detecção Precoce do Inca, Renata Maciel, houve avanço no tempo entre diagnóstico e início do tratamento, especialmente na Região Sul, que apresenta o maior percentual de casos tratados em até 60 dias.
Os números mostram que a mortalidade entre mulheres com 80 anos ou mais tem crescido, ao mesmo tempo em que se observa redução nos óbitos em idades mais jovens. O maior percentual de mortes permanece concentrado na faixa etária entre 50 e 69 anos.
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Rastreamento efetivo para câncer de mama
Ainda de acordo com Renata Maciel, seria necessário ampliar para 70% a cobertura do rastreamento para doença, mas atualmente a taxa não passa de 5,3% em alguns estados do Norte e chega a 33% no Espírito Santo, índice considerado muito baixo.
O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, reforçou a importância do rastreamento precoce. Segundo ele, a ampliação de exames e medicamentos integra o programa Agora Tem Especialistas, que busca reduzir filas e garantir acesso mais rápido ao tratamento.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
Autoria

Roberta Santiago
Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.
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