Autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram a primeira morte humana causada pela cepa H5N5 da gripe aviária, variante que até então registrada apenas em animais. O caso ocorreu no estado de Washington e também representa a segunda morte por gripe aviária no país em 2025, mas por uma variante diferente da que causou o primeiro óbito do ano. O paciente era um idoso com doenças pré-existentes e estava internado desde o início de novembro, segundo informou o Departamento de Saúde de Washington. Ele mantinha uma criação doméstica de aves no quintal, considerada a fonte mais provável da infecção.
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Risco segue baixo para a população
Análises conduzidas pela Universidade de Washington identificaram a presença da cepa H5N5, e o resultado foi posteriormente confirmado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Essa confirmação torna o caso a primeira infecção humana conhecida pela variante H5N5 em todo o mundo. Apesar da gravidade do episódio, o CDC reforçou que o risco para o público permanece baixo e que não há evidências de transmissão entre pessoas. As autoridades ressaltam que, até o momento, todos os casos de gripe aviária em humanos nos EUA foram associados à exposição direta a aves infectadas.
Com esse novo caso, o país já soma mais de 70 infecções humanas por diferentes variantes de gripe aviária registradas apenas em 2025. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde contabiliza mais de mil infecções humanas desde 2003, em 25 países, envolvendo múltiplas cepas do vírus influenza aviária.
Especialistas lembram que o monitoramento contínuo é essencial, já que mutações podem alterar o comportamento do vírus, aumentar sua capacidade de adaptação ou influenciar o risco de transmissão entre humanos. Até o momento, porém, não há indicação de mudança no perfil de risco.
A morte registrada em Washington reforça a atenção internacional sobre novas variantes de influenza aviária, especialmente aquelas que dão sinais de circulação ampliada em animais. Para as autoridades de saúde, a prioridade segue sendo a vigilância de populações de aves, a rápida detecção de novos casos e a orientação aos criadores sobre medidas de biossegurança.
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Autoria

Roberta Santiago
Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.
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