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Saúde1 setembro 2024

Estudo sugere que consumo de carne aumenta o risco de DM2 

Meta-análise investigou a associação entre o hábito de consumo de carne e o desenvolvimento da doença em quase 2 milhões de pacientes  

Estudo recente publicado no The Lancet Diabetes and Endocrinology avaliou o impacto do consumo de diferentes tipos de carnes para o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2. De acordo com os pesquisadores, o objetivo foi investigar as associações do consumo de carne vermelha não processada, carne processada e de aves, utilizando informações de coortes mais variadas, fora do eixo europeu e norte-americano, embora dados desses centros também tenham sido incluídos. 

Estudo sugere que consumo de carne aumenta o risco de DM2 

Imagem de freepik

Metodologia 

Dados de 31 coortes foram analisados, elas eram da região das Américas (n=12) e das regiões do Mediterrâneo Oriental (n=2), Europa (n=9), Sudeste Asiático (n=1) e Pacífico Ocidental (n=7). 

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Os participantes elegíveis para esta análise deveriam ter mais de 18 anos e dados disponíveis sobre consumo alimentar e diabetes tipo 2 incidente e eram excluídos se tivessem diagnóstico de qualquer tipo de diabetes no início do estudo. Ao final, foram analisados dados de 1.966.444 pessoas. 

Calculou-se a razão de risco para o consumo de cada tipo de carne, com ajustes para fatores de confusão (como IMC), e meta-regressão para investigar potenciais fontes de heterogeneidade. 

Achados 

Dentre os pacientes avaliados, foram identificados 107.271 casos incidentes de diabetes tipo 2 no acompanhamento médio de 10 anos. 

Saiba mais: Semaglutida e eventos cardiovasculares em pacientes obesos sem DM2 

O consumo de carne entre as coortes foi de 0-110 g/dia para carne vermelha não processada, 0-49 g/dia para carne processada e 0-72 g/dia para aves, em média. A incidência de diabetes tipo 2 aumentou de acordo com os níveis mais altos de consumo, com RR de 1,10 (IC de 95% 1,06–1,15) para 100 g/dia de carne vermelha não processada, 1,15 (1,11–1,20) para 50 g/dia de carne processada (I2=59%) e 1,08 (1,02–1,14) para 100 g/dia de aves (I2=68%).  

De acordo com o estudo, a substituição de carne processada por carne vermelha ou de aves, não processadas, foi associada a uma menor incidência de diabetes tipo 2. 

Conclusão dos autores 

Segundo os pesquisadores, o consumo de carne, principalmente carne processada e carne vermelha não processada, é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e os achados dessa análise reforçam a importância de reduzir o consumo de carne para a saúde pública e devem informar as diretrizes dietéticas.

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Referências bibliográficas

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