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Saúde2 julho 2024

Estudo relaciona enxaqueca crônica a enfraquecimento da musculatura do pescoço 

Pesquisa pela USP recomenda medicação e fisioterapia no tratamento e fortalecimento da região craniocervical contra enxaqueca

Mulheres com enxaqueca e dor cervical crônica apresentam alterações funcionais nos músculos do pescoço, e suportam 50% menos tempo nos testes de força, resistência e pressão. 

Estudos realizados na USP mostraram que a musculatura craniocervical dessas pacientes se fatiga mais rapidamente, afetando principalmente os músculos esplênio e escaleno anterior. Isso indica que tratamentos para enfermidade devem incluir a dessensibilização da região cervical, combinando medicação e fisioterapia. 

A pesquisa, publicada no European Journal of Pain e apoiada pela FAPESP, foi liderada pela professora Débora Bevilaqua Grossi. Ela enfatiza a importância de avaliar a dor no pescoço e outras dores musculoesqueléticas em pacientes com enxaqueca, já que foi constatado também que pacientes com enxaqueca têm 12 vezes mais dor no pescoço do que uma pessoa sem dores de cabeça. 

Já a neurologista Fabíola Dach, coautora do estudo, reforça que combinar medicamentos com fisioterapia ajuda a aliviar a sobrecarga muscular e acelerar os resultados do tratamento. 

Estudo relaciona enxaqueca crônica a enfraquecimento da musculatura do pescoço 

Dor crônica 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais da metade da população mundial sofre com algum tipo de dor de cabeça em algum momento da vida. Um paciente é considerado crônico quando sofre com esses episódios por mais de 15 dias no mês. 

Leia também: O estigma da enxaqueca (migrânea) e suas repercussões  

Existem mais de 250 tipos de dores de cabeça registrados, segundo a Sociedade Internacional de Cefaleia. Um deles é a enxaqueca, uma das doenças mais incapacitantes do mundo, que pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, inclusive no trabalho. 

Metodologia e resultados 

Os testes envolveram 100 mulheres entre 18 e 55 anos, divididas em quatro grupos: controle (sem enxaqueca ou dor no pescoço), dor no pescoço, enxaqueca com dor no pescoço e enxaqueca com alodinia. 

Foram realizados testes de força e resistência nos músculos extensores e flexores do pescoço comparativos entre os grupos.  

Em média, as pacientes com enxaqueca e dor na região do pescoço só conseguiram aguentar cerca de 34 segundos nas posições exigidas, metade do tempo que as participantes sem essas condições foram capazes de suportar. 

Tratamento: enxaqueca

As medições indicaram que os músculos cervicais das pacientes com enxaqueca apresentam menor resistência e maior propensão à fadiga, o que sugere a necessidade de fortalecimento e alongamento desses músculos. 

Embora muitos pacientes evitem exercícios e movimentos, o estudo recomenda que atividades físicas e exercícios específicos sejam gradualmente introduzidos na rotina desde que com orientação especializada. 

Leia a íntegra do artigo.  

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya. 

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Referências bibliográficas

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