Estudo investigou a relação entre disfunção erétil e o uso de semaglutida 

Estudo publicado no International Journal of Impotence Research avaliou o risco de disfunção erétil em pacientes obesos e não diabéticos utilizando semaglutida para tratamento. De acordo com os responsáveis pelo estudo, ainda que o efeito adverso esteja listado em bulas, nenhum estudo havia analisado o nível de risco. 

Características do estudo 

Os dados para o artigo foram extraídos da base de dados TriNetX, homens de 18 a 50 anos, com IMC > 30 e início da prescrição em 1° de junho de 2021. Foram excluídos aqueles sem diagnóstico prévio de disfunção erétil, com prescrição de inibidores da PDE5, injeções intracavernosas, prótese peniana, história de deficiência de testosterona, irradiação pélvica, prostatectomia radical e hipertensão pulmonar.  

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Foram criadas duas coortes, com pouco mais de 3.000 pacientes cada, uma de pacientes obesos usuários de semaglutida e outra de controle com obesos não usuários do medicamento. As avaliações foram praticamente todas estatísticas, com correções feitas para fatores de risco conhecidos como uso de tabaco, consumo de álcool, apneia do sono, hiperlipidemia, hipertensão e fatores demográficos. 

O desfecho principal estabelecido foi a prescrição de inibidores da PDE5 pelo menos um mês após o início do tratamento com semaglutida. O desfecho secundário foi o diagnóstico de deficiência de testosterona. 

Achados: disfunção erétil e o uso de semaglutida  

De acordo com o estudo, homens obesos não diabéticos em uso de semaglutida foram significativamente mais propensos a desenvolverem disfunção erétil e/ou receberem prescrição de inibidores da PDE5 para tratamento (1,47% vs 0,32%; RR: 4,5; IC 95% [2,3; 9,0]) e apresentarem déficit de testosterona (1,53% vs 0,80%; RR: 1,9; IC 95% [1,2; 3,1]) quando comparados ao grupo de controle. 

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*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.