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Saúde28 maio 2024

Estudo aponta que mortalidade materna é maior entre indígenas 

Levantamento de pesquisadores brasileiros analisou dados de 7 anos sobre mortalidade materna da população

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) examinaram a mortalidade materna entre mulheres indígenas de 2015 a 2021, comparando as causas de morte com dados da população não indígena. 

Estudo aponta que mortalidade materna é maior entre indígenas 

Método 

Se tratou de um estudo observacional utilizando dados do Ministério da Saúde sobre as características das mortes maternas, certificados de óbito e nascimento. Além disso, variáveis analisadas incluíram idade, região, local, hora e causa da morte. 

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Os cálculos de Taxa de Mortalidade Materna (TMM) foram feitos através de regressão linear e discrepâncias identificadas com o teste de Grubbs. Os responsáveis pelo estudo calcularam as taxas de prevalência comparando TMM com causas de morte.  

Achados e conclusão sobre mortalidade materna

Entre 2015 e 2021, foram registradas 13.023 mortes maternas, 205 de mulheres indígenas (1,6%). A Taxa de Mortalidade Materna (TMM) foi maior para essa população, 115,14 mortes para cada 100.000 casos analisados, do que para mulheres não indígenas (66,92/100.000).  

Causas hemorrágicas no pós-parto foram as principais contribuintes para a TMM em mulheres indígenas. Enquanto para população não indígena, questões relacionadas com hipertensão tiveram maior impacto.

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Para os autores, os resultados encontrados evidenciam uma negligência no cuidado pós-parto para com mulheres indígenas. Uma vez que a prevenção de mortes por hemorragia tem um custo tecnológico relativamente baixo, essa ser a principal causa de morte demonstra uma falta de acesso à estrutura e assistência de saúde de qualidade. 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

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