Na última semana epidemiológica de 2024 (de 22/12/2024 a 28/12/2024), o Boletim Infogripe apontou um sinal de queda nas tendências tanto de longo (seis semanas) quanto de curto prazo (três semanas) para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na análise do agregado nacional, com alguns estados ainda sustentando um sinal de crescimento. A avaliação foi feita com dados inseridos no SIVEP-Gripe até o dia 28 de dezembro.
Estados com casos em alta
Os sinais de queda para os casos de SRAG presentes no cenário nacional não foram observados em alguns estados do nordeste: Ceará, Paraíba e Sergipe, com o boletim indicando a manutenção do aumento de casos por covid-19 nesses estados, ainda que com sinal de desaceleração do crescimento. Na região norte, no Pará e no Acre, também há indicadores de aumento de casos de SRAG associado à covid-19.
Infecções por SARS-CoV-2 têm mantido o maior impacto sobre a população idosa para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
No Amazonas também observou-se um aumento nos casos de SRAG entre idosos, mas sem impacto no número total, e no Rio Grande do Norte o cenário ainda é compatível com apenas uma oscilação. Contudo, devido as tendências dos casos de SRAG por covid-19 no estados da mesma região, o Boletim sugere uma necessidade maior de vigilância com o cenário dessa Unidade Federativa.
Rinovírus
Entre crianças e adolescentes o rinovírus permanece como o principal responsável pelos casos. Porém, os casos dessa população associado a esse vírus já demonstram sinais de desaceleração no Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Sergipe.
Entre os casos de SRAG positivos para infecção viral registrados nas últimas semanas, o rinovírus e o SARS-Cov-2 são os mais prevalentes, com 33% e 34,7% respectivamente.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2024
Neste último ano de 2024 foram notificados 174.495 casos de SRAG. Desses, 46,2% tiveram resultados positivos para presença de algum vírus respiratório, 4,6% ainda aguardam resultado. O relatório da Fiocruz lembra que os dados para as últimas semanas estão sujeitos a alteração devido as diferenças nos fluxos de informação das partes envolvidas.
O vírus sincicial respiratório (VSR) foi o mais prevalente até aqui, sendo identificado em 33,3% dos casos, seguido pelo rinovírus (27,4%), SARS-CoV-2 (19,9%), Influenza A (16,5%) e Influenza B (2,1%).
Entretanto, quando considerados os óbitos positivos para infecção viral, os números relacionados com a covid-19 mostram o impacto da doença, dos 5.452 casos que resultaram em morte, 53,1% foram positivos para SARS-CoV-2, o dobro do segundo colocado, Influenza A, presente em 26,5% dos casos, seguida por rinovírus (9,2%), VSR (7,9%) e Influenza B (2,6%).
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