Estados apresentam tendência de alta nos casos de SRAG ligada ao rinovírus
Na última quinta-feira, dia 14 de novembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o Boletim Infogripe referente a semana epidemiológica 45 (03/11/2024 a 09/11/2024), com dados inseridos no SIVEP-Gripe até o dia 09/11/2024. O boletim aponta sinais, no longo e curto prazo, de estabilidade do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) considerando o panorama nacional geral. Contudo, 10 estados apresentaram tendência de aumento no longo prazo: Amazonas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Roraima.
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Rinovírus
De acordo com os dados do boletim, no Rio de Janeiro, os casos de SRAG aumentaram em todas as faixas etárias, esse aumento está associado a infecções por rinovírus (em crianças e adolescentes) e covid-19 (entre idosos). O estado de Goiás apresenta o mesmo cenário de aumento entre todas as faixas etárias.
Nos estados do Amapá, Maranhão e Roraima, o crescimento dos casos de SRAG é impulsionado pela infecção por rinovírus, estando concentrado em crianças. Amazonas, Espírito Santo e Piauí também mostram sinais de crescimento ligados a infecções em crianças e adolescentes, contudo os dados laboratoriais disponíveis ainda não permitem a identificação do vírus responsável.
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Considerando as últimas quatro semanas epidemiológicas, o Boletim Infogripe aponta a maior prevalência de casos de SRAG positivos para infecção viral ligados ao rinovírus (40,1%), superando a SARS-CoV-2 (23,7%), Influenza A (9,9%) e B (10,6%) e o vírus sincicial respiratório (4,9%).
Entretanto o SARS-CoV-2 permanece como o maior responsável pelos óbitos em casos de SRAG positivos para vírus, 57,1%.
Dados anuais de SRAG
Considerando o ano de 2024 até aqui, 156.309 casos de SRAG foram notificados, com 73.283 apresentando resultado positivo para presença de algum vírus respiratório e 8.310 ainda aguardando resultado laboratorial. O vírus sincicial respiratório (VSR) é o mais prevalente, confirmado em 35,6% dos casos, seguido do rinovírus (26%), SARS-CoV-2 (19,2%), Influenza A (17,4%) e Influenza B (1,7%).
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