O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a identificação de um foco da doença de Newcastle (DNC) em uma granja de criação comercial de aves para corte no Rio Grande do Sul. A doença, causada por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1) além de aves pode infectar répteis, mamíferos e humanos.
Doença de Newcastle
Os últimos casos da doença confirmados no Brasil haviam ocorrido em 2006 em aves de subsistência, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Segundo o MAPA, a principal forma de propagação do vírus da doença de Newcastle é por meio de aerossóis de aves infectadas ou de produtos contaminados. Além disso, vetores como roedores, insetos e artrópodes também contribuem para a disseminação do vírus. Em aves o vírus gera manifestações nervosas, diarreia e edema na cabeça desses animais, o contato direto com os animais infectados pode causar conjuntivite em humanos.
Leia também: Gripe aviária: Primeira morte pelo vírus H5N2 é confirmada pela OMS
Medidas de segurança
Devido ao risco de contágio, à época, o governo determinou a interdição do estabelecimento e investigação de outros focos de infecção na região. Informando que a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em conjunto com a Seapi, iria aplicar os procedimentos de erradicação do foco estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle, com a eliminação e destruição de todas as aves e limpeza e desinfecção do local.
Além disso foi suspensa preventivamente a exportação e circulação de produtos avícolas oriundos da região.
Embora o embargo tenha duração prevista de 90 dias, está semana o governo anunciou a conclusão das investigações, com outros casos suspeitos apresentando resultados negativos.
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.