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Saúde17 dezembro 2024

Dez capitais apresentam aumento de casos de SRAG 

Último Boletim InfoGripe da Fiocruz também aponta que seis estados apresentaram tendência de alta para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). 

Boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz, com dados inseridos no SIVEP-Gripe até o dia 07/12/2024 e referente a Semana Epidemiológica 49 (01/12/2024 a 07/12/2024) trouxe os números e tendências para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil.  

De acordo com o relatório, o agregado nacional segue apontando para uma tendência de queda no longo prazo (6 semanas) e de estabilidade no curto prazo (3 semanas). Contudo as análises regionais mostram disparidades entre as Unidades Federativas (UF): Ceará (CE), Distrito Federal (DF), Espírito Santo (ES), Maranhão (MA), Rondônia (RO) e Santa Catarina (SC) demonstram um sinal de crescimento no longo prazo, embora por motivos diferentes.  

No DF, ES, MA e SC essa tendência é causada pelo aumento do número de casos de rinovírus entre crianças e adolescentes. 

No plano nacional o rinovírus é o principal responsável pelos casos de SRAG entre esse público e o maior contribuidor para os números de SRAG nas últimas quatro semanas, estando presente em 40,5% dos casos positivos para infecção viral. 

A covid-19 é a principal responsável pelo aumento de casos no Ceará, principalmente entre a população idosa, que também a mais afetada pelos casos de SRAG no DF. Nas últimas quatro semanas a covid-19 foi encontrada em 29,6% dos casos registrados no Brasil. 

Capitais 

Dez 10 das 27 capitais apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Porto Velho (RR), São Luís (MA) e Vitória (ES). 

A variação é similar a encontrada nos Estados, com alguns devendo a tendência a uma maior atuação do rinovírus, afetando crianças e adolescentes (p. ex., São Luís, Boa Vista e Campo Grande), e outros ao aumento de casos de SRAG entre idosos (Brasília, Vitória). Contudo, em Aracaju nota-se aumento de casos entre as duas populações, enquanto em João Pessoa, Florianópolis e Porto Velho, o sinal de crescimento é mais compatível com uma oscilação normal.  

Leia também: Influenza, covid-19 e dengue: qual o risco de uma tripla infecção?

Dez capitais apresentam aumento de casos de SRAG 

SRAG em 2024 

Neste ano, até a Semana Epidemiológica 49, 167.374 casos e 10.311 óbitos por SRAG já foram notificados. Dos casos notificados 77.433 (46,3%) foram positivos para algum vírus respiratório, sendo: 

  • 34,2% vírus sincicial respiratório (VSR);
  • 26,8% de Rinovírus;  
  • 19,5% SARS-CoV-2 (covid-19); 
  • 16,9% Influenza A; 
  • 2,0% Influenza B 

Dentre os óbitos em 2024, o principal responsável foi SARS-CoV-2 (52,2%), seguido de Influenza A (27,2%), Rinovírus (9,1%), VSR (8,1%) e Influenza B 2,4%.

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Referências bibliográficas

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