Covid-19 fez a expectativa de vida global retroceder em uma década, segundo OMS
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), “World health statistics 2024: monitoring health for the SDGs, sustainable development goals”, apontou que a pandemia causada pela covid-19 reverteu o crescimento de uma década da expectativa de vida global em apenas dois anos, gerando uma queda de 1,7 anos no índice para homens e mulheres, com um declínio mais acentuado para homens. Antes da pandemia, a expectativa de vida global havia aumentado de 66,8 para 70,6 anos entre homens e 64,4 para 75,7 anos entre mulheres.
O documento da OMS também mostra as desigualdades regionais desse impacto nas Américas e no Sudeste Asiático a expectativa de vida caiu em aproximadamente 3 anos, enquanto a região do Pacífico Ocidental foi pouco afetada, com perdas inferiores a 0,1 anos.
Principais causas de morte
Durante o período pandêmico, a covid-19 se estabeleceu como a principal causa de morte nas Américas, e a terceira maior causa de mortalidade a nível mundial em 2020 e a segunda em 2021.
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Doenças não transmissíveis (DNT), como a doença cardíaca isquémica e o acidente vascular cerebral, câncer, a doença pulmonar obstrutiva crónica, a doença de Alzheimer e outras demências, e a diabetes, eram as maiores causas de morte antes da pandemia, responsáveis por 74% de todas as mortes em 2019. E, de acordo com o relatório da organização, mesmo durante a pandemia, as DNT continuaram a ser responsáveis por 78% das mortes não relacionadas com infecção por SARS-CoV-2.
Outros destaques
Ainda segundo a publicação da OMS, o mundo passa por uma dicotomia, apresentando ao mesmo tempo um bilhão de pessoas com cinco anos ou mais vivendo com obesidade, e mais de meio bilhão apresentando baixo peso.
A OMS também apresentou dados referentes aos 1,3 bilhões de pessoas que vivem com alguma deficiência no mundo, um grupo que é desproporcionalmente afetado por desigualdades dentro dos sistemas de saúde que poderiam ser evitadas, assim como refugiados e imigrantes. Apenas metade dos países analisados pela entidade tinham algum serviço dedicado ao cuidado desses grupos.
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*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
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