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Saúde12 junho 2024

Covid-19 fez a expectativa de vida global retroceder em uma década, segundo OMS 

A expectativa de vida global voltou aos níveis de 2012, 71,4 anos de vida

Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), “World health statistics 2024: monitoring health for the SDGs, sustainable development goals”, apontou que a pandemia causada pela covid-19 reverteu o crescimento de uma década da expectativa de vida global em apenas dois anos, gerando uma queda de 1,7 anos no índice para homens e mulheres, com um declínio mais acentuado para homens. Antes da pandemia, a expectativa de vida global havia aumentado de 66,8 para 70,6 anos entre homens e 64,4 para 75,7 anos entre mulheres. 

O documento da OMS também mostra as desigualdades regionais desse impacto nas Américas e no Sudeste Asiático a expectativa de vida caiu em aproximadamente 3 anos, enquanto a região do Pacífico Ocidental foi pouco afetada, com perdas inferiores a 0,1 anos. 

Covid-19 fez a expectativa de vida global retroceder em uma década, segundo OMS 

Imagem de freepik

Principais causas de morte 

Durante o período pandêmico, a covid-19 se estabeleceu como a principal causa de morte nas Américas, e a terceira maior causa de mortalidade a nível mundial em 2020 e a segunda em 2021. 

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Doenças não transmissíveis (DNT), como a doença cardíaca isquémica e o acidente vascular cerebral, câncer, a doença pulmonar obstrutiva crónica, a doença de Alzheimer e outras demências, e a diabetes, eram as maiores causas de morte antes da pandemia, responsáveis ​​por 74% de todas as mortes em 2019. E, de acordo com o relatório da organização, mesmo durante a pandemia, as DNT continuaram a ser responsáveis ​​por 78% das mortes não relacionadas com infecção por SARS-CoV-2. 

Outros destaques 

Ainda segundo a publicação da OMS, o mundo passa por uma dicotomia, apresentando ao mesmo tempo um bilhão de pessoas com cinco anos ou mais vivendo com obesidade, e mais de meio bilhão apresentando baixo peso. 

A OMS também apresentou dados referentes aos 1,3 bilhões de pessoas que vivem com alguma deficiência no mundo, um grupo que é desproporcionalmente afetado por desigualdades dentro dos sistemas de saúde que poderiam ser evitadas, assim como refugiados e imigrantes. Apenas metade dos países analisados pela entidade tinham algum serviço dedicado ao cuidado desses grupos. 

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*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.

Autoria

Foto de Augusto Coutinho

Augusto Coutinho

Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).

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