Em 2023, o Brasil apresentou um crescimento de 4,5% nos casos de HIV em relação a 2022. No entanto, a taxa de mortalidade nesse mesmo período caiu para 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, a menor registrada na última década, de acordo com o Ministério da Saúde.
Perfil
Boa Vista, Manaus e Porto Alegre foram os estados com maior taxa de detecção da doença, com 50,4%, 48,3% e 47,7%, respectivamente. Sendo assim, as regiões Norte e Sul apareceram no topo do ranking de detecção de novos casos.
Homens são responsáveis por cerca de 27 mil dos casos registrados e a faixa etária com maioria dos casos de Aids é a de 25 a 29 anos de idade, com 34%, seguida da de 30 a 34 anos, com 32,5%.
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Profilaxia
O Ministério da Saúde atribui o aumento nos diagnósticos à ampliação do uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que exige testagem para início do tratamento. Em 2023, 109 mil brasileiros utilizaram a PrEP, mais que o dobro do registrado em 2022.
Distribuída gratuitamente pelo SUS, a estratégia tem sido fundamental para prevenir novas infecções e incluir pacientes em terapias antirretrovirais imediatamente após o diagnóstico.
Metas de combate ao HIV
Com 96% das pessoas infectadas já diagnosticadas, o Brasil superou uma das metas da ONU para eliminar a Aids como problema de saúde pública até 2030. O desafio agora é ampliar os percentuais de pacientes em tratamento (atualmente 82%) e com HIV intransmissível (95%).
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