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Em artigo recente do American Journal on Addictions, pesquisadores analisaram o uso da sertralina no tratamento da dependência química de cocaína.
Para essa análise, os autores juntaram dados de dois estudos duplo-cego similares, de 12 semanas, em Connecticut e Arkansas (n = 126; idade média = 39 anos), dois estados norte-americanos. Todos os participantes eram dependentes químicos de cocaína e foram randomizados para sertralina a 200 mg/dia ou placebo + duas semanas de tratamento residencial. O desfecho primário foi recaída.
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Indivíduos tratados com placebo apresentaram maior probabilidade de recaída do que os participantes que receberam sertralina. Independentemente da condição do tratamento, os participantes com maior probabilidade de recaída foram aqueles do sexo masculino e com pontuações mais baixas na Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton ou sem concentrações basais de cocaína na urina.
Pessoas mais velhas ou aqueles com dependência de álcool atual apresentaram maior risco de recaída do que aqueles sem dependência de álcool, mas tratar essa população com sertralina reduziu a probabilidade de recaída da cocaína mais do que o placebo.
Pelos resultados, os autores concluíram que o uso de sertralina a 200 mg/dia reduziu as chances de recaída, especialmente nos participantes mais velhos ou naqueles com dependência de álcool.
Veja também: ‘Sertralina reduz sintomas depressivos em pacientes com doença renal crônica?’
Referências:
- Bashiri M et al. Moderators of response to sertraline versus placebo among recently abstinent, cocaine dependent patients: A retrospective analysis of two clinical trials. Am J Addict 2017 Dec; 26:807 | http://dx.doi.org/10.1111/ajad.12635
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