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Psiquiatria9 outubro 2024

Segurança e tolerabilidade da agomelatina em adolescentes

Saiba por que a agomelatina é um medicamento seguro e bem tolerado pela maioria dos pacientes.
Por Álvaro Estima

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Cellera Farma de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A agomelatina é um medicamento seguro e bem tolerado pela maioria dos pacientes. Os efeitos adversos mais comuns são náusea e leve tontura que costumam ser transitórios e surgir nos primeiros dias de tratamento1.

No estudo de coorte multicêntrico realizado em 26 semanas de tratamento, Gorwood P e colaboradores concluem que na prática médica usual o tratamento com agomelatina foi associado à baixa incidência de efeitos colaterais e não só a uma redução na gravidade dos sintomas depressivos como também a uma melhora da funcionalidade dos pacientes2.

Na conclusão do estudo de Mark Milan de 2022 há a afirmação da eficácia clínica e da relativa ausência de efeitos adversos3. No que diz respeito à tolerabilidade, no estudo de Kennedy SH, a agomelatina só difere do placebo no quesito tontura4. Não houve ainda evidência de disfunção sexual induzida pela agomelatina, ganho de peso ou sintomas de descontinuação4.

Como a ação da agomelatina não está ligada ao aumento da concentração de serotonina extracelular, seus efeitos adversos divergem dos efeitos mais comuns dos outros antidepressivos, tendo menor potencial de causar efeitos colaterais gastrointestinais, disfunções sexuais, síndrome metabólica e síndrome serotoninérgica5.

O ganho de peso é dos principais fatores da descontinuação do tratamento com antidepressivos. 22% dos pacientes tratados para transtorno depressivo relatam não adesão ao tratamento, sendo o ganho de peso a principal causa para não seguirem adequadamente a prescrição médica6. Comparando os diferentes antidepressivos, o percentual de pacientes com mais de 7% de aumento da massa corporal foi de 5% para agomelatina, 5,7% para o placebo, 8,8% para ISRS (p<0,05) e 5,4% para venlafaxina (p=0,856)4.

Por conta do seu efeito melatoninérgico, a agomelatina restaura os ritmos circardianos sem prejudicar a vigilância diurna1. Estudos comparando a agomelatina com ISRS e IRSN mostram sua superioridade na melhora do sono, efeito que já se inicia na primeira semana do tratamento7,8,9.

A hepatotoxicicidade é um efeito colateral subestimado na literatura científica e dados sobre dano hepático com antidepressivos são raros10. Sabe-se, no entanto, que todos os antidepressivos podem induzir hepatotoxicidade, especialmente em pacientes idosos e com polifarmácia. Estima-se que 0,5-3% dos pacientes tratados com antidepressivos desenvolvam uma elevação leve e assintomática de aminotransferases10.

A agomelatina é um dos poucos antidepressivos que conta com um ensaio clínico avaliando a função hepática durante o tratamento10. A elevação de aminotransferases ocorre em 1,25% dos pacientes adultos e em 1% da população pediátrica usando 25 mg/d da medicação11

Além da agomelatina, os seguintes antidepressivos estão associados a maior risco de hepatoxicidade: iproniazida, nefazodona, imipramina, duloxetina, sertralina, bupropiona e trazodona10. Na maioria dos casos a toxicidade hepática aparece em poucos dias de tratamento até seis meses de uso do medicamento, período no qual é necessário o monitoramento regular das transaminases10.

De acordo com a metanálise de Cipriani et al. a agomelatina ficou em primeiro lugar quando se considera a tolerabilidade aos antidepressivos estudados, conforme figura abaixo12:

Imagem adaptada de referência 12.

Conclusão

A agomelatina é uma molécula aprovada para o tratamento farmacológico do transtorno depressivo maior (TDM) a partir dos 12 anos de idade e do transtorno de ansiedade generalizado (TAG) em adultos13.

Seu mecanismo de ação se traduz em maior tolerabilidade e adesão ao tratamento3,4. A baixa incidência de efeitos adversos a distingue da maioria dos outros antidepressivos3,4.

A quase neutralidade no perfil metabólico e na incidência de efeitos colaterais na área da sexualidade a coloca em posição de destaque frente à maioria das opções terapêuticas das outras moléculas disponíveis em nosso meio4.

 

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Referências bibliográficas

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