Logotipo Afya
Anúncio
Psiquiatria14 maio 2018

Droga intranasal para depressão mostra boa eficácia em estudos iniciais

No encontro anual da American Psychiatric Association, pesquisadores apresentaram um estudo indicando que a esketamina intranasal, junto com um antidepressivo oral, melhorou os sintomas da depressão resistente ao tratamento.

Por Vanessa Thees

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

No encontro anual da American Psychiatric Association, que aconteceu na última semana em Nova York, pesquisadores apresentaram um estudo indicando que a escetamina intranasal, junto com um antidepressivo oral, melhorou os sintomas da depressão resistente ao tratamento.

Escetamina é um enantiômero derivado da cetamina, que se mostrou promissora para alívio rápido de depressão grave em estudos anteriores. No entanto, a cetamina está disponível apenas como um medicamento intravenoso; já a escetamina pode ser formulada como um medicamento intranasal.

Dois estudos de fase III foram conduzidos pelo mesmo grupo de pesquisadores:

  1. Coorte de adultos: 90 indivíduos (idades entre 18 e 65 anos) com depressão resistente ao tratamento
  2. Coorte de idosos: 70 indivíduos (70 anos ou mais) com depressão resistente ao tratamento

Em ambos estudos, os participantes foram randomizados para tratamento com escetamina intranasal + antidepressivo oral convencional ou placebo intranasal + antidepressivo oral convencional.

1) No primeiro estudo, o grupo de tratamento com escetamina intranasal mostrou uma melhora significativa na Escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS) quatro semanas após o início do tratamento em comparação com placebo intranasal (diferença de -4,0; IC de 95%: -7,31 a -0,64; p = 0,010). Aproximadamente 70% do grupo escetamina respondeu ao tratamento após quatro semanas, em comparação com 52% do grupo placebo; 52,2% do grupo escetamina alcançou a remissão versus 31% do grupo placebo quatro semanas após o tratamento.

2) O segundo estudo mostrou resultados similares na melhora na MADRS após quatro semanas com escetamina, com uma diferença de -3,6 entre os grupos (IC de 95%: -7,20 a 0,07; p = 0,029).

Em ambos estudos, os eventos adversos mais comuns incluíram náuseas, vertigens, tonturas, dores de cabeça, sonolência, visão turva, parestesia, dissociação e ansiedade, geralmente ocorrendo no dia da administração.

Mindfulness na prevenção da recaída de depressão

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Psiquiatria