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Pediatria31 maio 2021

Sancionada lei para ampliação do teste do pezinho pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Lei que amplia de 6 para 53 o número de doenças detectadas pelo teste do pezinho realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi sancionada.

Em 26 de maio de 2021, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a lei que amplia de seis para 53 o número de doenças detectadas pelo teste do pezinho realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para aprimorar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). No entanto, a lei somente entrará em vigor um ano depois de publicada no “Diário Oficial da União”.

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Sancionada lei para ampliação do teste do pezinho pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

A implementação deverá ser realizada na seguinte sequência:

Primeira etapaAlém da continuidade da identificação das doenças já previstas, haverá ampliação do teste para a detecção de hiperfenilalaninemias, hemoglobinopatias e toxoplasmose congênita
Segunda etapaGalactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos
Terceira etapaDoenças lisossômicas
Quarta etapaImunodeficiências primárias
Quinta etapaAtrofia muscular espinhal

Segundo a lei, a determinação de doenças a serem investigadas pelo teste do pezinho, na esfera do PNTN, será submetida a revisões periódicas, com embasamento em evidências científicas, levando em consideração os benefícios do rastreamento, do diagnóstico e do tratamento precoce, com prioridade para as doenças mais prevalentes no País, com protocolo de tratamento aprovado e com tratamento incorporado no SUS. Além disso, a lei determina que, durante os atendimentos de pré-natal e de puerpério imediato, os profissionais de saúde devem comunicar à gestante e aos acompanhantes sobre a relevância do teste do pezinho e sobre as eventuais diferenças entre os tipos disponibilizadas no SUS e na rede privada de saúde.

Atualmente

No momento, o teste do pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde compreende as seguintes doenças: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. A aprovação do Projeto de Lei (PL) 5.043/2020 é um grande avanço para a Pediatria brasileira, pois a ampliação do espectro de doenças detectadas pelo teste do pezinho ofertado pelo SUS permitirá o reconhecimento precoce de pacientes com doenças congênitas de prognóstico reservado e com elevadas morbidade e mortalidade. 

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Referências bibliográficas:

Autoria

Foto de Roberta Esteves Vieira de Castro

Roberta Esteves Vieira de Castro

Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra

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