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As diretrizes internacionais mais recentes enfatizam o uso da história e os achados do exame na abordagem diagnóstica da pneumonia adquirida na comunidade (PAC) em crianças. Em novo artigo da Pediatrics, pesquisadores analisaram se os sinais clínicos são mesmo válidos para diagnosticar a infecção.
Para o estudo – prospectivo de coorte -, foram analisadas crianças com suspeita de PAC, que se apresentaram a um serviço de emergência pediátrica entre julho de 2013 e maio de 2016. Participaram do estudo 128 pacientes, com idades de 3 meses a 18 anos, com sinais ou sintomas respiratórios, que realizaram uma radiografia de tórax.
Apenas três achados clínicos preencheram os critérios de confiabilidade intermediária aceitável (menor limite de confiança de 95% ≥0,4):
– retração
– sibilância
– frequência respiratória
Nove sinais (dor abdominal, dor pleurítica, abertura nasal, cor da pele, impressão geral, extremidades geladas, taquipneia, frequência respiratória e crepitação) tiveram confiabilidade boa a moderada (κ / ICC = 0,4-0,6).
Oito achados tiveram confiabilidade deficiente a boa (κ / ICC = 0-0.4). Foram eles: tempo de enchimento capilar, tosse, chiado, balanço da cabeça, comportamento, grunhido, aparência geral e diminuição dos sons respiratórios.
Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que apenas três sinais clínicos apresentaram níveis aceitáveis de confiabilidade (retração, sibilância e frequência respiratória). Esses achados devem ser considerados no manejo clínico e na pesquisa da PAC pediátrica.
Veja também: ‘Tratamento da pneumonia: tudo que você precisa saber’
*Esse artigo foi revisado pela pediatra Ana Carolina Pomodoro.
Referências:
- Florin TA et al. Reliability of examination findings in suspected community-acquired pneumonia. Pediatrics 2017 Aug 23; [e-pub]. (http://dx.doi.org/10.1542/peds.2017-0310)
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