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Pediatria4 fevereiro 2019

OMS e PNI alertam contra repetição da vacina BCG em crianças

A OMS se posicionou em relação à repetição da vacina BCG em crianças previamente vacinadas, mas que não desenvolveram cicatriz vacinal. Confira o comunicado

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulga, regularmente, uma série de documentos sobre doenças e vacinas que impactam a saúde pública internacional. Estes documentos estão voltados, principalmente, para programas de vacinação em grande escala e resumem informações básicas e seu posicionamento final sobre doenças e as respectivas vacinas.

No documento BCG vaccines: WHO position paper – February 2018, a OMS se posiciona em relação à repetição da vacina BCG em crianças previamente vacinadas, mas que não desenvolveram cicatriz vacinal. De acordo com a OMS, a literatura mostra evidência mínima ou inexistente de qualquer benefício adicional da revacinação BCG contra tuberculose ou hanseníase. Portanto, a OMS não recomenda a revacinação mesmo que o teste tuberculínico (PPD) ou o Interferon Gamma Release Assay (Teste IGRA) sejam negativos.

Segundo a literatura, a ausência de uma cicatriz de BCG após a vacinação não é indicativa de falta de proteção e não é uma indicação para revacinação.

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Neste contexto, a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) divulgou, em 01 de fevereiro de 2019, a nota informativa 10/2019, atualizando a recomendação sobre a repetição da vacina BCG em crianças previamente vacinadas, mas que não desenvolveram cicatriz vacinal.

Com base no posicionamento da OMS e diante da ausência de evidências científicas que suportem a repetição da vacina BCG, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) não recomenda a revacinação de crianças que receberam a vacina e não desenvolveram cicatriz vacinal, independente do período decorrido após a vacinação. Entretanto o PNI enfatiza que as demais indicações da BCG estão mantidas segundo as normas do Programa.

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Referências:

Autoria

Foto de Roberta Esteves Vieira de Castro

Roberta Esteves Vieira de Castro

Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra

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