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Pediatria20 junho 2017

Medicamentos para tosse e resfriado podem apresentar riscos em crianças

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Por Juliana Festa

Queremos saber a sua opinião! Gostou de ouvir essa notícia em áudio? Clique aqui e responda nossa pesquisa.

Os medicamentos para tosse e resfriado isentos de prescrição tem sido usados para tratar os sintomas da infecção respiratória superior por décadas e podem representar graves riscos em crianças. A segurança desses medicamentos nesse subgrupo de pacientes tem sido questionada.

Green e colaboradores descreveram o perfil de segurança dos medicamentos para tosse e resfriado em crianças com idade inferior a 12 anos.O estudo utilizou dados do Pediatric Coughand Cold Safety Surveillance  System.

Para a análise, foram considerados os seguintes critérios de elegibilidade: idade do paciente <12 anos; exposição a pelo menos um produto que contém ≥1 dos 8 ingredientes farmacêuticos ativos mais comuns em medicamentos para tosse e resfriado (bronfeniramina, clorfeniramina, dextrometorfano, difenidramina, doxilamina, guaifenesina, pseudoefedrina e fenilefrina); reportar pelo menos um evento adverso significativo; e ocorrência dos eventos adversos nos Estados Unidos.

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Dos 4.202 casos revisados, 3.251 (77,4%) foram potencialmente relacionados com medicamentos para tosse e resfriado. Os tipos de exposição mais comuns foram ingestão acidental sem supervisão (67,1%) e erros de medicação (13,0%).Os erros de medicação foram relativamente mais frequentes em crianças entre 6 a 12 anos de idade (44,7%).Em relação ao gênero, não houve diferença entre as ingestões acidentais sem supervisão e erros de medicação, sendo 54,1% envolvendo crianças do sexo masculino. O medicamento foi auto-administrado em quase todos (99,8%) os casos de ingestões acidentais sem supervisão, com 5 (0,2%) envolvendo administração por um irmão com idade menor do que 6 anos.

As formulações líquidas (67,3%) e pediátricas (75,5%) foram mais comumente envolvidas.

Eventos adversos que ocorreram em > 20% de todos os casos incluíram taquicardia, sonolência, alucinações, ataxia, midríase e agitação.Vinte casos (0,6%) resultaram em morte. A maioria ocorreu em crianças com idade inferior 2 anos (n=14; 70,0%) e nenhuma envolveu dose terapêutica.

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A taxa de eventos adversos reportada foi de 0,573 casos por milhão de unidades vendidas(intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,553 a 0,593) ou 1 caso por 1,75 milhão de unidades vendidas(ou seja, comprimidos, cápsulas gelatinosas ou equivalente líquido).

Com base nesses resultados, o estudo mostrou que a taxa de eventos adversos associados com medicamentos de tosse e resfriado foi baixa, e os óbitos ocorreram ainda menos frequentemente. A ingestão acidental não supervisionada foi o tipo de exposição mais comum e as formulações líquidas pediátricas foram os produtos mais comumente relatados. Essas características apresentam uma oportunidade para esforços de prevenção direcionados.

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Referência:

Green JL, Wang GS, Reynolds KM, et al. Safety Profile of Cough and Cold Medication Use in Pediatrics.Pediatrics. 2017;139(6):e20163070

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