Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.
A doença cardiovascular é uma das principais causas de mortalidade no mundo. Atualmente, dispomos de algumas formas de se estimar seu risco para os pacientes, de modo a definir a condução dos casos e que medidas tomar na prevenção primária. Para tal, existem vários escores utilizados (Framingham, Reynolds, escore de risco global, ASCVD). Em nenhum deles o eletrocardiograma (ECG) faz parte dos parâmetros avaliados. No entanto, tal exame, amplamente disponível e de caráter não-invasivo, é frequentemente realizado como screening de doença coronariana mesmo em pacientes jovens e assintomáticos.
A US Preventive Services Task Force publicou recentemente uma recomendação sobre o screening com ECG. Após revisão de dados na literatura sobre a adição de ECG às formas convencionais de estimar o risco cardiovascular, a Força-Tarefa concluiu que não devemos solicitar ECG para pacientes de baixo risco cardiovascular. Eles baseiam tal recomendação também no fato de que muitos pacientes assintomáticos chegam a ser submetidos à angiotomografia de artérias coronarianas ou cateterismo de forma desnecessária após achados no ECG de repouso.
Para os pacientes de médio a alto risco cardiovascular, a Força-Tarefa concluiu que não há evidência suficiente para recomendar contra ou a favor de se acrescentar o ECG no screening e se isso se traduziria em melhor prevenção.
OUÇA NOSSO PODCAST: Como fazer uma avaliação do risco cardiovascular?
Referências:
- U.S. Preventive Services Task Force Issues Final Recommendation Statement on Screening for Cardiovascular Disease Risk with Electrocardiography: https://www.uspreventiveservicestaskforce.org/Home/GetFile/6/250/cvd-prevention-electrocardiography-screening-news-bulletin/pdf
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.