A American Academy of Pediatrics (AAP) atualizou suas recomendações sobre o uso de epinefrina para tratar a anafilaxia, com informações para ajudar os médicos a identificar pacientes em risco e novas informações sobre adrenalina e auto-injetores.
A anafilaxia é uma reação alérgica ou hipersensibilidade generalizada, grave, de início rápido e que pode causar a morte. A epinefrina (adrenalina) administrada rapidamente pode fazer toda a diferença no desfecho clínico do paciente.
O novo guideline, uma atualização de 2007, recomenda que para pacientes em risco de anafilaxia deve ser prescrito epinefrina auto-injetável. Apesar dos esforços da Sociedade Brasileira de Pediatria para liberação, o item ainda não é comercializado no país, mas é possível importá-lo para uso. Indivíduos em risco incluem aqueles com um episódio anafilático anterior, com anafilaxia idiopática e/ou com sensibilidade alimentar conhecida.
Recomenda-se que a aplicação seja feita prontamente após a exposição a um alérgeno, mesmo quando não está claro se os sintomas evoluirão. Além disso, a epinefrina também é recomendada como tratamento de primeira linha para anafilaxia, e não os anti-histamínicos. Estes são úteis para prevenir e aliviar a coceira e urticária, mas não aliviam os ricos respiratórios, hipotensão ou choque.
Para a administração de primeiros socorros da anafilaxia em ambientes hospitalares, é indicado uma dose de adrenalina de 0,01 mg/kg, até um máximo de 0,3 mg em crianças pré-púberes e até 0,5 mg em adolescentes. Caso a resposta à primeira injeção seja inadequada, ela pode ser repetida uma ou duas vezes em intervalos de 5 a 15 minutos.
Os autores reforçam que a administração tardia de epinefrina na anafilaxia está associada a um risco aumentado de hospitalização e de desfechos graves, incluindo encefalopatia hipóxico-isquêmica e morte.
Veja todas as recomendações da AAP aqui.
Veja também: ‘Dose de Adrenalina / Epinefrina em infusão contínua’
Referências:
- Epinephrine for First-aid Management of Anaphylaxis. Scott H. Sicherer, F. Estelle R. Simons, SECTION ON ALLERGY AND IMMUNOLOGY. Pediatrics Feb 2017, e20164006; DOI: 10.1542/peds.2016-4006
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