Qual é a taxa de revisão da artroplastia total de cotovelo?

A artroplastia total de cotovelo tem indicação na artrite reumatoide, artrose primária do cotovelo, sequelas pós-traumáticas e em casos de trauma selecionados e a incidência de revisões é alta quando comparada com próteses de outras articulações. Geralmente as causas da necessidade de revisão são falhas do polietileno, afrouxamento de componentes séptico ou asséptico e luxações.

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Os estudos que analisam a sobrevivência do implante a longo prazo são restritos a pequenas coortes, potencialmente passíveis de inúmeros vieses e conflitos de interesses. Foi publicado recentemente na revista Bone and Joint um estudo com o objetivo de demonstrar a sobrevivência dos implantes de artroplastias totais de cotovelo baseados em um registro nacional holandês.

Métodos do estudo

Foram colhidos dados do registro nacional holandês das artroplastias totais de cotovelo realizadas entre janeiro de 2014 e dezembro de 2020. As análises de óbitos dos pacientes foram obtidas por verificação cruzada ativa com Vektis, o banco de dados nacional de seguros de saúde, que registra mortes de cidadãos holandeses.

O tempo de sobrevida foi definido como o tempo desde a cirurgia primária até uma revisão ou o final do período de estudo. Para diferenciar entre uma nova revisão e revisão em 2 estágios, as características para ambos os procedimentos foram comparadas; se o primeiro procedimento for seguido logicamente pelo segundo procedimento (ou seja, remoção e colocação de um espaçador seguido pela colocação de um novo implante em um segundo procedimento), é considerado um procedimento em duas etapas. Se os dois procedimentos não estiverem relacionados, eles são considerados revisões separadas.

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Resultados

Foram incluídos 514 artroplastias de cotovelo, das quais 35 foram revisados. A taxa de sobrevivência do implante em 5 anos foi de 91%. Sexo masculino, IMC mais alto e cirurgia prévia no mesmo cotovelo mostraram uma diferença e associação estatisticamente significativa com revisão (p < 0,036). Dos 35 implantes revisados, dez (29%) passaram por uma segunda revisão.

Conclusão

O estudo relatou uma taxa de sobrevivência do implante em 5 anos de 91%. Fatores do paciente associados a revisão foram definidos e podem ser usados para otimizar o consentimento informado e a tomada de decisão compartilhada. Além disso, houve uma alta taxa de revisões secundárias.