Logotipo Afya
Anúncio
Ortopedia16 novembro 2023

Como deve ser tratado o dedo em pescoço de cisne decorrente do dedo em martelo?

Estudo retrospectivo analisou o tratamento cirúrgico do desenvolvimento de sequela de pescoço de cisne após uma lesão de dedo em martelo.

O dedo em pescoço de cisne é caracterizado por uma postura em flexão da articulação interfalangeana distal (IFD) e hiperextensão da articulação interfalangeana proximal (IFP). A causa mais comum é uma sequela causada pelo tratamento sem sucesso do dedo em martelo.

Leia também: Quiz: Paciente com edema no dedo anelar. Qual o diagnóstico?

O tratamento do dedo em pescoço de cisne é muito variado e baseado no rebalanceamento de partes moles adjacentes à articulação IFP incluindo mecanismo extensor, ligamentos colaterais e cápsula. Entretanto, as séries de caso relatadas na literatura raramente ultrapassam dez pacientes.

Foi publicado, no último mês, na revista Hand, um estudo com o objetivo de discutir a experiência de 20 anos de um serviço americano com o tratamento cirúrgico do desenvolvimento de sequela de pescoço de cisne após uma lesão de dedo em martelo. A análise retrospectiva incluiu indicações, técnicas e resultados da cirurgia para que se caracterizasse melhor quando e como aplicar intervenções cirúrgicas.

Como deve ser tratado o dedo em pescoço de cisne decorrente do dedo em martelo

Métodos

Foram avaliados pacientes de um mesmo hospital com dedo em pescoço de cisne operados entre 2000 e 2021. Foram excluídos pacientes com artrite reumatoide preexistente. O tipo de lesão, clínica pré-operatória, e as características cirúrgicas foram registradas juntamente com os resultados pós-operatórios e complicações. Vinte e cinco pacientes foram selecionados.

Resultados

Sessenta e quatro por cento dos dedos em martelo eram crônicos e o tempo médio para o desenvolvimento do dedo em martelo foi de dois meses. Doze (48%) dedos em martelo eram Doyle classe I, seis (24%) eram classe III e sete (28%) eram classe IVB. Quarenta por cento das lesões falharam nos testes de imobilização não cirúrgica.

Dezesseis (64%) foram submetidos à artrodese primária da IFD, oito (32%) foram submetidos à fixação transarticular da IFD e um foi submetido à fixação de fratura em martelo. A taxa de complicações foi de 50% no geral e 33% das cirurgias apresentaram complicações maiores. A taxa geral de reoperação foi de 33%. A hiperextensão da articulação interfalângica proximal melhorou em média 11° e o acompanhamento médio foi de 61,2 meses.

Saiba mais: Qual a dose ideal de triancinolona no tratamento do dedo em gatilho?

Conclusão

O desenvolvimento de deformidade sintomática em pescoço de cisne após lesão de dedo em martelo é raro. Todos os pacientes justificam uma tentativa de tratamento não cirúrgico e as tentativas de correção cirúrgica tiveram uma alta taxa de complicações e a fusão da IFD pareceu fornecer a solução mais confiável.

Anúncio

Assine nossa newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Ao assinar a newsletter, você está de acordo com a Política de Privacidade.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Referências bibliográficas

Compartilhar artigo