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O câncer de próstata é o diagnóstico de câncer mais comum realizado em homens, com mais de 160.000 casos novos por ano nos Estados Unidos. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2016 foram estimados 61.200 casos novos de câncer de próstata.
Este tipo de neoplasia pode ameaçar a saúde em longo prazo e continua a ser a terceira principal causa de morte por câncer em homens. Desde 2011, foram realizados progressos significativos na caracterização do risco da doença e na identificação de opções terapêuticas.
Atualmente, as principais formas de detecção na suspeita de câncer de próstata são através do antígeno prostático específico (PSA) e do exame digital retal (toque retal). A elevação sérica do PSA evidencia alteração na glândula prostática, embora não seja específica para a comprovação de neoplasia. O diagnóstico definitivo é realizado com a biópsia prostática, realizada preferencialmente por ultrassonografia de próstata transretal.
O estadiamento do câncer de próstata é baseado no sistema de classificação TNM, com ajustes específicos para patologia, como o grau histológico (Gleason) e o valor do PSA. A identificação e caracterização da doença tornou-se cada vez mais precisa através de uma melhor estratificação de risco e avanço na imagem por ressonância magnética funcional, bem como do surgimento de biomarcadores.
Atualmente, existem várias opções para o manejo de homens diagnosticados com câncer de próstata. O tratamento deve ser individualizado, considerando a idade, estadiamento, grau histológico, tamanho da próstata, comorbidades, expectativa de vida, anseios do paciente e recursos disponíveis.
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A vigilância ativa, monitoramento do câncer de próstata por meio de exames e consultas para evitar ou postergar o máximo de tempo possível a cirurgia ou a radioterapia, parece ser segura e tornou-se a abordagem preferida para homens com câncer de próstata menos agressivo, particularmente aqueles com nível de antígeno prostático específico inferior a 10 ng/mL e pontuação tumoral de Gleason 3+3.
Cirurgia e radioterapia continuam sendo tratamentos curativos para doenças localizadas, mas apresentam eventos adversos, como sintomas urinários e disfunção sexual que podem afetar negativamente a qualidade de vida.
Para a doença metastática, a quimioterapia como tratamento inicial agora parece prolongar a sobrevida em comparação com a terapia de privação androgênica em monoterapia.
Novas vacinas e terapias hormonais demonstraram eficácia em homens com câncer de próstata metastático resistente à terapia hormonal tradicional.
Avanços no diagnóstico e tratamento melhoraram a capacidade de estratificar os pacientes por risco e permitiram que os clínicos recomendassem a terapia com base no prognóstico do câncer e na preferência do paciente.
O tratamento inicial com quimioterapia pode melhorar a sobrevida em comparação com a terapia de privação androgênica. Abiraterona, enzalutamida e outros agentes podem melhorar os desfechos em homens com câncer de próstata metastático resistente à terapia hormonal tradicional.
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Referências:
- Litwin MS, Tan H. The Diagnosis and Treatment of Prostate CancerA Review. JAMA. 2017;317(24):2532-2542. doi:10.1001/jama.2017.7248
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