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Oncologia22 julho 2024

iPARP para câncer de ovário: qualidade de vida x risco de eventos adversos

Saiba mais sobre a conduta terapêutica voltada às paciente com diagnóstico de neoplasia epitelial de ovário.
Por Lethícia Prado

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com GSK de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A conduta terapêutica frente às pacientes com diagnóstico de neoplasia epitelial de ovário apresentou grande avanço nos últimos anos, culminando na aprovação de niraparibe para tratamento de manutenção em primeira linha para pacientes com doença avançada em todos os status mutacionais (HRd BRCAm, HRd BRCAwt e HRp).1,2

A utilização em grande escala de um novo tratamento com resultados promissores traz sempre à discussão a relação entre benefício terapêutico e eventos adversos, além das possíveis implicações na qualidade de vida das pacientes.

O que há de evidência?

O estudo de fase III, PRIMA, randomizou 733 pacientes com câncer de ovário em estágio avançado recém-diagnosticado em uma proporção 2 para 1 para receber tratamento com niraparibe ou placebo, após resposta inicial à quimioterapia à base de platina,1,2 tendo como end point primário a sobrevida livre de progressão em pacientes com deficiência de recombinação homóloga e na população geral através de análise hierárquica e com análise secundária de sobrevida global.2

Esse estudo mostrou importante ganho nas pacientes com deficiência de recombinação homóloga, com sobrevida livre de progressão (SLP) de 21,9 meses versus 10,4 meses e hazard ratio de 0,43, mas também com impacto positivo na população geral, com SLP de 13,8 meses versus 8,2 meses, em favor do grupo que recebeu tratamento.2

O estudo PRIMA levou à aprovação do niraparibe em manutenção de primeira linha, após resposta com terapia baseada em platina, independente da mutação BRCA e HRd, e evidenciou como eventos adversos de grau 3 ou 4 mais comuns a anemia (em 31% das pacientes), a trombocitopenia (28,7%) e a neutropenia (12,8%). Esses dados demonstram boa tolerância por parte das pacientes, o que se faz ainda mais relevante no contexto de tratamento de manutenção, com maior tempo de exposição à droga.²

Como forma de ratificar tal avaliação, o PRIMA/ENGOT-OV26/GOG-3012 trial investigou as possíveis alterações de tolerabilidade à medicação, comparando uma dose inicial individualizada com dose fixa. Nesse estudo, foi evidenciada melhor tolerância por parte das pacientes quando o niraparibe foi iniciado com dose de 200 mg naquelas com peso menor do que 77 kg ou com plaquetas com contagem inferior a 150.000 μL, mantendo-se a dose de 300 mg para as demais e mantendo-se a mesma eficácia3.

Os principais eventos adversos relatados foram alterações hematológicas, como anemia, trombocitopenia e neutropenia, todos com melhor tolerabilidade no grupo com dose ajustada, sem impacto na sobrevida livre de progressão3.

Outro dado relevante leva em conta a avaliação de qualidade de vida das pacientes durante o uso do niraparibe4. O estudo PRIMA utilizou alguns questionários para melhor avaliar esse dado, sendo um deles o FOSI (Functional Assessment of Cancer Therapy – Ovarian Cancer questionnaire). Nessa avaliação, foi evidenciado que o medicamento permitiu com que as pacientes com câncer de ovário avançado mantivessem qualidade de vida semelhante àquela relatada pelas pacientes que fizeram uso de placebo5.

O questionário EORTC-QLQ-C30, instrumento que avalia os desfechos de saúde frente a determinadas intervenções5,6, não demonstrou comprometimento de qualidade de vida com o uso de niraparibe de manutenção de primeira linha7, reforçando ainda mais o uso da medicação nesse cenário.

Dessa forma, conclui-se que o tratamento com iPARP no câncer de ovário avançado traz a possibilidade de maior sobrevida livre de progressão para as pacientes, com o benefício de que abrange o conforto posológico e eventos adversos manejáveis, que usualmente não impactam na qualidade de vida dessa população¹,²,³.

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