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Neurologia4 janeiro 2022

Teste neuropsicológico confirmam déficits cognitivos pós-Covid-19

Os déficits cognitivos pós-Covid-19, especialmente nas funções executivas, foram confirmados por testes neuropsicológicos.

Os déficits cognitivos pós-Covid-19, especialmente nas funções executivas, foram confirmados por testes neuropsicológicos em uma coorte de sobreviventes relativamente jovens da infecção por Covid-19, segundo pesquisa publicada online no JAMA Open Network.

O estudo fornece confirmação objetiva da chamada “brain fog” amplamente relatada por alguns pacientes que contraíram o coronavírus.

O padrão de déficits reflete dificuldades em organizar cognitivamente as informações e executar um plano de ação, ao invés da perda real de memória.

Leia também: “Brain fog”, disbiose e probióticos: o que há de novo?

Teste neuropsicológico confirmam déficits cognitivos pós-COVID-19

Metodologia

Dr. Becker e col. analisaram dados de 740 participantes de uma coorte de pacientes com Covid-19 acompanhados de abril de 2020 a maio de 2021. A idade média era de 49 anos. Os participantes do estudo tinham testado positivo para SARS-CoV-2 ou tinha positividade para anticorpos séricos e não tinha história de demência.

Os pesquisadores avaliaram o funcionamento cognitivo utilizando uma ampla gama de testes neuropsicológicos validados para atenção, memória de trabalho, velocidade de processamento, linguagem, função executiva e outras medidas cognitivas. Eles também compararam os resultados de pacientes com Covid-19 tratados em hospitais e unidades de terapia intensiva com aqueles tratados em ambiente ambulatorial.

Enfatizaram que o padrão de déficits sugere disfunção executiva — dificuldade de organizar informações — em vez de verdadeira perda de memória. Em análises ajustadas, os pacientes hospitalizados eram mais propensos a ter prejuízos na atenção, funcionamento executivo, fluência de categoria, codificação e recuperação de memória.

Mensagem final

A identificação de indivíduos com disfunção cognitiva relacionada pós-Covid-19 é essencial para acompanhá-los ao longo do tempo e compreender melhor a natureza e a trajetória desses déficits.

Saiba mais: Avaliação e manejo do déficit cognitivo em idosos

Os neurologistas devem estar atentos para excluir e tratar outras causas potencialmente reversíveis de comprometimento cognitivo, como depressão e estresse emocional, que podem coexistir no contexto da “brain fog”.

Referências bibliográficas:

  • Becker JH, Lin JJ, Doernberg M, et al. Assessment of cognitive function in patients after COVID-19 infection. JAMA Netw Open. 2021;4(10):e2130645. doi:10.1001/jamanetworkopen.2021.30645.
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