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Neurologia12 dezembro 2017

Sedação prolongada pode provocar dano neurológico em lactentes

Evidências recentes sugerem que a exposição prolongada à sedativos pode afetar negativamente o desenvolvimento neurológico de lactentes.

Por Vanessa Thees

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Evidências recentes sugerem que a exposição prolongada à sedativos (opioides e benzodiazepínicos) pode afetar negativamente o desenvolvimento neurológico de lactentes. Em estudo apresentado no encontro da Society for Neuroscience de 2017, pesquisadores investigaram essa hipótese.

Para essa análise, pesquisadores compararam nove bebês a termo com menos de 12 meses com 12 controles saudáveis do Boston Children’s Hospital, nos EUA. As drogas utilizadas para a sedação prolongada, que incluíram opioides (fentanil, morfina e metadona) e benzodiazepínicos (midazolam e lorazepam), foram quantificadas.

Os dois fármacos mais utilizados e em doses mais altas foram morfina e midazolam. A ressonância magnética dos lactentes que receberam sedação mostraram anormalidades no espaço extra axial, parênquima e/ou substâncias brancas que não estavam presentes nos controles.

Os dados mostraram uma relação positiva linear entre a quantidade de doses diárias de morfina (p=0.002) e midazolam (p=0.03) administradas e o número de anormalidades neurológicas. Em contrapartida, os pesquisadores não encontram correlação com o aumento do líquido cefalorraquidiano e diminuição dos volumes cerebrais.

Pelos achados, os pesquisadores concluíram que, em lactentes a termo com menos de 12 meses, a sedação prolongada com morfina e midazolam está significativamente associada a um aumento da incidência de achados neurológicos.

Veja também: ‘Quais práticas conduzem aos melhores resultados em crianças submetidas à sedação?’

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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Vanessa Thees

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