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Neurologia2 fevereiro 2017

Hemorragia cerebral: você conhece os efeitos da reabilitação?

A reabilitação melhora o resultado funcional e reduz a perda de tecido crônico, mas os mecanismos ainda não são completamente compreendidos.
Por Redação Afya
Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos. Após uma hemorragia intracerebral, a reabilitação melhora o resultado funcional e reduz a perda de tecido crônico, mas os mecanismos ainda não são completamente compreendidos. Para investigar essa questão, pesquisadores realizaram um estudo com roedores. A hemorragia cerebral foi induzida em ratos com colagenase e eles foram randomizados para reabilitação enriquecida ou intervenção de controle a partir do dia 7. Foram utilizadas técnicas de imagem biospectroscópica para determinar com precisão as alterações elementares e moleculares no dia 14. O teor de hemoglobina foi avaliado com espectroscopia Raman. Imagens de raios X mapearam ferro, cloro, potássio, cálcio e zinco. A agregação de proteínas, um marcador de estresse oxidativo, e a distribuição de outras macromoléculas também foram avaliadas. Um segundo teste estimou o volume de hematoma com um ensaio espectrofotométrico no 21º dia. As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe o aplicativo #1 dos médicos brasileiros. Clique aqui! Na primeira experiência, a reabilitação reduziu o teor de hemoglobina do hematoma (p = 0,004) e a quantidade de ferro peri-hematoma (p <0,001). O dano oxidativo foi altamente localizado na fronteira hematoma/peri-hematoma e foi diminuído pela reabilitação (p = 0,004). O conteúdo lipídico na região peri-hematoma foi aumentado pela reabilitação (p = 0,016). Ela reduziu também o tamanho dos depósitos de cálcio (p = 0,040) e atenuou a homeostase persistente de cloreto (p <0,001), mas não de potássio (p = 0,060). O segundo estudo confirmou que a reabilitação diminuiu o volume de hematoma (p = 0,024). Veja também: 'Novas diretrizes: reversão dos anticoagulantes na hemorragia cerebral' Nos testes com camundongos, a reabilitação acelerou a depuração de componentes tóxicos do sangue, diminuiu o estresse oxidativo crônico e atenuou a homeostase iônica persistente. Estes efeitos podem estar por trás da neuroproteção induzida pela reabilitação e melhor recuperação da função. As farmacoterapias visando esses mecanismos podem melhorar ainda mais o desfecho do paciente. Referências:
  • Rehabilitation Augments Hematoma Clearance and Attenuates Oxidative Injury and Ion Dyshomeostasis After Brain Hemorrhage. Michael R. Williamson, Kristen Dietrich, Mark J. Hackett, Sally Caine, Colby A. Nadeau, Jasmine R. Aziz, Helen Nichol, Phyllis G. Paterson, Frederick Colbourne. Stroke, 2016 (https://doi.org/10.1161/STROKEAHA.116.015404)

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